A
Controladoria-Geral da União (CGU) do Piauí investiga dez casos suspeitos de
pessoas que furaram a fila da vacinação contra a covid-19 no estado usando
identidades de mortos.
A
fraude foi identificada por técnicos da CGU em um cruzamento entre o Sistema de
Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) e outros banco de
dados.
No
País, cerca de mil pessoas teriam usados dados de mortos para serem vacinados.
O
superintendente substituto da CGU no Piauí, Hélio Silva Sousa Benvindo,
explicou ao portal Cidadeverde.com que os técnicos de Brasília identificaram a
irregularidade e pediram para que a CGU do estado investigar.
“Foi
identificado essa burla na campanha de vacinação do estado estamos fazendo a
filtragem. Há pelo menos 10 casos suspeitos de pessoas que usaram dados de
mortos para furar a fila no estado. São datas de falecidos há cinco a 10 anos,
não é de nenhuma morte recente”, explicou o superintendente.
Outras
irregularidades
De
acordo com a CGU, a partir dos cruzamentos, foram identificadas cerca de 50 mil
inconsistências no País, o que representa apenas 0,5% do total de 10 milhões de
doses consideradas no universo da análise.
Além
da fraude com dados de mortos, há também irregularidades detectadas em pessoa
que tomou três ou mais doses da vacina.
Os imunizantes disponíveis são de no máximo duas doses.
O
superintendente substituto da CGU no Piauí, Hélio Benvindo disse que o universo
de pessoas investigadas no Piauí pode ser maior, e que estava levantando os
dados.
“Estamos
checando três perfis: os dados de agentes políticos (vereadores, prefeitos,
secretários, gestores públicos), os de pessoas que utilizaram identidades de
mortos e as pessoas que foram vacinadas e não têm idade nos registros”, disse.
A
instituição em Brasília também apura
fraudes com pessoas abaixo de 60 anos e que fora dos grupos
prioritários, além de outras que se imunizaram se passando por profissionais de
saúde.
Se
as fraudes forem confirmadas no Piauí, a CGU encaminhará o processo para os
Ministérios Públicos Federal e Estadual para serem ajuizadas ações criminais e
administrativas contra os criminosos.
Fonte:
Portal Cidade Verde
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