DIA DE SÃO CAETANO - QUASE 260 ANOS DE HISTÓRIA RELIGIOSA NO DIST DE NARANIÚ

 

O Dia de São Caetano é celebrado em 7 de agosto.
 
Ele é considerado o padroeiro de diversas cidades brasileiras, como São Caetano (PE), São Caetano do Sul (SP), Jacuípe (AL), Cipotânea (MG) e Brasópolis (MG).
 
Além disso, também é tido como o patrono do pão e do trabalho, padroeiro dos gestores administrativos e das pessoas que buscam trabalho (desempregados).
 
Aqui em Várzea Alegre o Santo é reverenciado na comunidade de mesmo nome no distrito de Naraniú a quase 260 anos. O seu templo nesta comunidade, foi construído na segunda metade do século XVIII, em 1770, às margens da CE-060 (Estrada do Algodão), em estilo arquitetônico barroco. Sendo quê no ano de 2005, a capela foi reconhecida pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Artístico Nacional como patrimônio do estado.
 
Um pouco da história
 
A História Mais Recente da Antiga Capela de São Caetano ( Naraniú ), atual distrito de Várzea Alegre, um Templo da diocese de Crato-Ce. Tem sua origem em 30 de abril de 1755, quando João da Cunha Gadelha, filho único, Coronel do Regimento de Icó-Ce, com a sua esposa Maria Manuela Pereira das Neves, nascida em Pernambuco, doaram a São Caetano parte de seu sítio, como patrimônio a futura Capela. " Essa terra de plantar" chamada de São Caetano comprada ao Tenente-Coronel  Bernardo Duarte Pinheiro, filho de Raimundo Duarte Bezerra( Papai Raimundo, fundador de Várzea Alegre), no valor de cem mil réis, que em seguida passou a constituir como doação e patrimônio de uma capela sob a invocação de São Caetano e que o casal faziam de sua livre vontade. O Cel. João da Cunha Gadelha, residiu no sítio Cariuzinho( hoje pertencendo ao município de Cedro-Ce), e ali faleceu antes de 1762. O primeiro registro que encontramos de cerimônia religiosa realizada na capela de São Caetano data de 30 de março de 1767, e consta no Livro I Assentamento Eclesiástico da Freguesia de Nossa Senhora da Expectação de ICó - CE. Trata-se do casamento de: Inácio Correia, filho natural de: Rosa da Silva Faria, moradora na Mangabeira, foro e cativo que foi do Pe. Antônio Correia Vaz. A capela foi assistida pelos vigários da Freguesia de Icó de 1762 até 1813, quando foi criada a Freguesia de São Vicente Ferrer de Lavras da Mangabeira. No ano de 1863 quando foi erigida a Freguesia de São Raimundo Nonato de Várzea Alegre, a capela passou a sua jurisdição eclesiástica até os dias atuais. Infelizmente há mais de 30 anos foi furtada a imagem primitiva de São Caetano e da Imaculada Conceição, obras sacras e raras alvo de colecionadores, restando apenas fotografias das mesmas para as novas gerações. A imagem que encontra-se no Altar-mor é uma réplica da primitiva feita no paroquiado de Mons. José Mota Mendes( 1969- 2022), atual pároco de Várzea Alegre. A capela de São Caetano foi construída em estilo arquitetônico barroco, na segunda metade do século XVIII no ano 1762, está situada as margens da CE-060 ( Estrada do Algodão ) que liga Várzea Alegre/Iguatu. Reconhecida desde 2005 pelo IPHAN Instituto Patrimônio, Artístico Nacional, como patrimônio do Estado, ato oficialmente registrado em 2006. É o templo mais antigo de Várzea Alegre contando com 259 anos. A festa litúrgica de São Caetano ( Calendário santoral da Igreja ) é dia 07 de agosto, criou a Ordem dos Teatinos Regulares , isto é, a Congregação do Teatinos. Baseados nas fontes documentais é jus afirmar que o verdadeiro fundador da Capela de São Caetano, é o Icoense e Coronel João da Cunha Gadelha.
 
Fontes consultadas: São Vicente das Lavras.( Informações históricas sobre Lavras da Mangabeira desde a revelação do território a elevação da Cidade). Joaryvar Macedo. Secretaria de Cultura e Desporto. Fortaleza - Ce, 1984.
° Livro. Siará Grande - Uma província portuguesa no Nordeste oriental do Brasil. Volume I. Francisco de Araújo Lima. Fortaleza - CE, 2016.                                                                 
° Fragmentos para a História de Várzea Alegre, 2ª  Edição ( Ampliada). Linda Lemos Bezerra. Fortaleza -CE, 2013.
° Um Santo para cada dia. Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini. Paulus. São Paulo, 1996.
° Texto escrito por: José Charles Batista do Nascimento, professor, pesquisador e historiador. Cedro -CE.