O
mês de março, que valoriza a luta feminina na busca de mais reconhecimento e
igualdade social, não pode passar sem que seja relembrado o feito histórico da
cearense Auri Moura Costa, primeira juíza do país, nomeada em um período
marcado pelo predomínio masculino na magistratura. Ela quebrou as barreiras do
preconceito e abriu caminhos para outras mulheres, mas, antes, foi vítima de
especulações dando conta de que sua nomeação só ocorreu porque o nome Auri
teria sido percebido, erroneamente, como masculino.
Deixando
as controvérsias de lado, a realidade é que o Ceará tem o pioneirismo de ser o
Estado com a primeira mulher a conquistar o feito. Isso ocorreu em 31 de maio
de 1939, quando Auri Moura Costa, natural de Redenção, foi nomeada para o cargo
pelo interventor.
O
documento histórico, obtido com exclusividade pela Assessoria de Comunicação
junto à Secretaria de Gestão de Pessoas do Judiciário, está nos arquivos do
Diário Oficial e registra a nomeação da bacharela para o cargo de juiz
municipal do Termo de Várzea Alegre, pertencente à então Comarca de Lavras. O
texto está na parte destinada à Secretaria de Estado dos Negócios do Interior e
da Justiça, publicado na sexta-feira, 9 de junho daquele ano.
Esse
dado contradiz a versão do nome “masculino” e reforça que ela ultrapassou
barreiras pelos próprios méritos. Ao longo da carreira, a magistrada avançou
nas conquistas. Tornou-se a primeira juíza a se tornar desembargadora do
Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), presidiu o Tribunal Regional Eleitoral do
Estado (TRE/CE) e foi vice-presidente do TJCE e diretora do Fórum Clóvis
Beviláqua.
Nasceu
no município de Redenção, o primeiro na libertação dos escravos no país. Sendo
este também o berço da mulher que rompeu preconceitos e abriu caminhos para as
demais.
Nascida
em 30 de agosto de 1911
Faleceu em 12 de julho de 1991.
Faleceu em 12 de julho de 1991.
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