O medo é um temor que eu temo tanto,
O qual me dá terror quando há tormento,
E usando o meu mais triste sentimento
Conduzo o meu cantar a um triste canto.
Sentindo uma agonia, eu me levanto
Com medo de viver um vão momento,
E vendo o meu pavor soprar ao vento
Eu colho uma aflição da qual me espanto.
Da morte, que é fatal, não sinto medo!
Nem mesmo, ela chegando bem mais cedo,
Pois vejo, o fim da vida, algo banal.
Porém, da dor insana, mais frequente!
Eu sinto um medo forte, internamente,
Um medo quase fora do normal.
Do medo não tenho medo
ResponderExcluirPois o medo dá azar
Temo o que faz o medo,
Um medo de me pelar;
A morte, o que é a morte?
Uma transição entre dois mundos
De tal forma que todos temos a sorte
De trocar um pelo outro em segundos;
A dor, Essa intimida qualquer sujeito;
Faz vibrar mais forte o coração no peito
Tens razão nobre poeta, é dor insana;
Nos faz tremer nas previsões mais tétricas
Nos conduz a pensamentos até proféticos
Invadindo-nos, comete sacrilégio e nos profana.
Vicente Almeida