NINGUÉM IGNORA MAIS
Quase que ninguém notou
Que o nosso Brasil mudou
A vergonha se acabou
O filme do satanás
Não reclama quem assiste
A safadeza que existe
Ninguém ignora mais
Sofre o velho e sofre o
moço
Vendo perna até o grosso
Mulher despida é colosso
Na classe dos imorais
Mulher de corpo despido
Ou com um curto vestido
Se ela chifra o marido
Ninguém ignora mais
Hoje o jovem continua
Seja no mato ou na rua
Pega a namorada sua
E beija perante os pais
Carinha e beijo não mingua
Abraço dar febre e íngua
O chupa chupa de língua
Ninguém ignora mais
Hoje uma moça qualquer
Seja Tereza ou Ester
Doida pra virar mulher
Agarra qualquer rapaz
Diz eu tenho muito gás
Pra cozinhar seu feijão
Se ele espocar seu bujão
Ninguém ignora mais
Hoje uma moça donzela
Num cavalo bota a sela
Chama o namoro dela
E vão para os canaviais
Ela beija e lhe acarinha
Ele lhe chama santinha
E se nascer um piluquinha
Ninguém ignora mais
Sitio Gangorra
20 de junho 1998
Poeta Antônio de Freitas.
Sofre o velho e sofre o moço
Hoje o jovem continua
Hoje uma moça qualquer
Hoje uma moça donzela
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