Na lagoa e nas panelas
Tá tudo muito mudado
Tudo muito diferente
Do que Francimar foi
criado
Tá mudado que dar dó
Ver Seu Joaquim Félix só
Sem ter mais Tia Quinô
Por isso quase não vou lá
Mudar nem se Oxalá
Também falta meu avô
Raimundo Félix na bodega
Darca cuidando da casa
Reclamando de Ana lúcia
Que moça velha não casa
De ferro-velho eu me
lembro
Quando chegava dezembro
Era pra lá que eu ia
O que não achava muito bom
Era não ouvi um som
E cedo tia Quinô dormia
Na lagoa quando chovia
Nós não ia tomar banho
Nem no riacho a gente ia
Devido ao nosso tamanho
Mas os meninos maiores
De todos os arredores
Desciam era o rebanho
Mas nós não perdíamos as
rotas
Íamos tomar banhos nas
grotas
Como se na loto tivesse
ganho
Era lá do outro lado
Que o nosso avô morava
Um terreiro vermelho limpo
Tia Socorro limpava
Eu que não era menino ruim
Gostava era do Bacurim
Das frutas que vovô
plantava
Lá era grande a fartura
Pois ele na agricultura
Nunca que se descuidava
Foi lá onde a primeira vez
Uma condessa degustei
Foi também a primeira vez
Que de uma jaca provei
Pinha manga e melão
Cajú Siriguela mamão
De fruta lá era assim
Era grande a fartura
De muita fruta madura
E o Pomar chamado Bacurim
No terreiro Auri brincava
Mais Ana Cleide Chirlene
Eu maneira solene
Apenas observava
As musicas que elas
cantava
De um tal camaleão
Pra olhar o rabo dele
E eu pensando que era
aquele
Que rastejava no chão.
Eu gostava era das panelas
Lá goiaba em vez de banana
Mas era onde eu achava bom
Era a casa de Tia Nanana
Nos ia deixar as vacas
De manhã comia bruacas
E de tarde ia buscar
No açude tomava um banho
E já tava de bom tamanho
Pra de noite descansar.
Era lá na água preta
Agua de minerais rica
Que o senhor Chico Bento
Trabalhava mais Suíca
E as vacas iam pastar
Eu e Lú íamos buscar
Trazendo-as para o curral
Entre o grupo e o oitão
Era grande a animação
Alegria sem igual
Eu nunca fui na raiz
Pois Badinha não deixava
Mas no campo lá da baixa
Os meninos bola jogava
Era uma infância bacana
E no pé de cajarana
Quebrávamos nosso jejum
Pois sendo na semana santa
Tinha merenda almoço e
janta
Mas outro lanche nenhum
Não conheci o Fidelis
E nem conheci As Anta
Mas Lichande mais Meloso
Só chegavam perto da janta
Mais Suíca trabalhando
E nós apenas esperando
Pra ir pro campo brincar
Os outros tavam jogando
E Cláudio somente olhando
Pois nunca soube jogar
Lembro o circo dos caretas
Depois de pedirem esmolas
Botavam lá em um canto
Para ver quem lhes amola
Lembro
Zé Paulo tocando
E
lembro de Zanha cantando
Bendito
nas renovação
E
os livros de Zé Rita
Literatura
esquisita
Pra
eu que era um meninão.
Imagens dos Sítios Lagoa das Panelas e Sit. Panelas
O pé de Cajara |
O Campo de Futebol |
Vista Panorâmica do Campo |
A Casa do meu avô Neném Cesário |
Vista Panorâmica Casa de Tia Nanana |
Capela do Sit. Panelas |
Nenhum comentário:
Postar um comentário