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foto blog Cariri Cangaço |
O
"Pacto dos Coronéis", apontado como importante passagem na história
do coronelismo brasileiro, esse tema já foi amplamente debatido em projeto
desenvolvido, pelo "Cariri Cangaço", em Juazeiro do Norte e em Missão
Velha, com conferências sobre o cearense Delmiro Gouveia e os coronéis do
Cariri, no 2017.
Com
cerca de 200 participantes no Seminário, estes estiveram em Aurora para lembrar
os 80 anos de passagem de Lampião pelo município.
Em
1911, a oligarquia Accioly dava sinais de declínio e as constantes disputas
internas enfraqueciam ainda mais o bloco coronelista. Então, em 4 de outubro de
1911, líderes políticos de 17 localidades do Interior cearense se reuniram em
Juazeiro para firmar pacto de harmonia entre si e apoio incondicional a
Nogueira Accioly. O chamado "Pacto dos Coronéis" tinha também como
objetivo acabar com a onda de crimes praticados impunemente na região.
O
jornalista e escritor Lira Neto, autor do livro "Padre Cícero, Poder, Fé e
Guerra no Sertão", afirma que, na época, os coronéis viviam se digladiando
entre si. O encontro foi aberto pelo coronel Antonio Joaquim de Santana, chefe
político de Missão Velha que, segundo Lira Neto, "manejava as cordas da
viola tão bem quanto o gatilho da garrucha". A presidência da sessão foi
repassada para o Padre Cícero Romão Batista, então prefeito de Juazeiro do
Norte. Estiveram presentes na reunião e assinaram o pacto, que foi
posteriormente registrado em cartório, os líderes políticos de Missão Velha,
Crato, Juazeiro, Araripe, Jardim, Santana do Cariri, Assaré, Várzea Alegre,
Campos Sales, São Pedro do Cariri (Caririaçu), Aurora, Milagres, Porteiras,
Lavras da Mangabeira, Barbalha, Quixará (Farias Brito) e Brejo Santo.
Antônio
Vicelmo
Caderno
Regional do Diario do Nordeste
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