quarta-feira, 29 de abril de 2015

SEU ASSIS DE SOUSA - A VIDA É UM CARNAVAL...


Francisco Bezerra de Sousa, (Assis de Sousa). Nascido em 29 de abril de 1936, no sitio Roçado de dentro, sede Rural do nosso município. Filho de Antonio de Sousa Rego e Leolina Alves Bezerra. Oito irmãos de duas famílias, sendo Bárbara Alves de Sousa, Maria Morais de Sousa, José Alves de Sousa (Pai de Chico Progresso). Da segunda família eram Antonio Bezerra de Sousa (Antonito), Josefa Inácio de Sousa (Joselina do Sitio Canto), Mathias Bezerra Neto, Ele e Pedro Bezerra de Sousa (Pedro Sousa sanfoneiro). Seus estudos foram poucos, apenas o suficiente para ler e escrever algumas coisas e assinar o seu nome, com a sua irmã Maria Morais. A mesma havia estudado um pouco por volta da década de 40, no grupo escolar localizado no centro da cidade, precisamente onde hoje se localiza a residência da senhora Balbina Diniz, nessa época os estudos aqui se resumia até o quarto ano, sendo que ela havia alcançado este patamar. De uma família tradicionalmente ligada a arte a cultura, a iniciar-se pelo Mentor Antonio de Sousa Rego que na década de 15 fez parte de uma Banda de musica da cidade. Sendo que ao sair da mesma ele continuou tocando, uma harmônica de 12 baixos, pretinha que mesmo executava-a com tanta destreza que não se conhecia outro igual. Nessa harmônica o seu pai impressionava solando xotes baiões e marchas, enveredando também pelos dobrados e musicas sacras, as ladainhas das novenas de São Raimundo, destas tendo destaque a difícil ladainha numero 1. Seu Assis conhece de musica, entendo de tonalidades de sanfona e violão, mas nunca os executara. Sendo que instrumentos de ritmo, ele os executava com destreza tendo em uma época acompanhado irmão sanfoneiro Pedro Sousa, batendo Pandeiro. Trabalhou vários anos na loja de Tecidos de propriedade do Sr Jairo Diniz, isso por volta do ano de 1958, sendo que no inicio, só trabalhava em períodos invernosos aos sábados dia das feiras. E de junho em diante a semana inteira. Essa época mesmo a loja com vários funcionários havia dias em os mesmo, não tinham tempo se quer de almoçar. Mesmo na cidade existindo no mesmo ramo de venda de tecidos, mais 09 concorrentes, além da Casa Esperança, existiam também as lojas, de Joãozinho e Toinho Costa, Edvá Moreno, Chico Francisco, Luiz Proto, Zé Rolim, Inacinho, Seu Vicente Ferreira. À 14 de setembro de 1979, fora embora para São Paulo, e exemplo de muitos varzealegrenses, estabelecera-se em São Bernardo do Campo, onde fora morar. Lá juntamente com um esteve procurando vagas no comercio onde o mesmo já tinha experiência por já ter trabalhando aqui por vários anos. Sendo que àquela época o comercio já não interessava em pegar pessoas já um tanto quanto adultas. Não tendo tido sucesso na empreitada fora trabalhar de vigilante na Jaú Construtora. Em seguida trabalhando por vários anos na Wheaton do Brasil, Indústria de fabricação de Vidro.
Seu Assis como é mais conhecido foi membro fundador da Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro, agremiação carnavalesca, que a 62 anima o carnaval Varzealegrense. Conta-nos que no ano do primeiro desfile, estavam todos os membros do Bloco receosos de serem hostilizados pelo feito. Mas que foram se chegando aos poucos e notando que a população estava era gostando. Antonito, Mathias, Pedro Sousa, Chico Menezes, Zé de Sousa, Zé Menezes e Lázaro, Mestre Tim, Raimundinho  de Antonio Sátiro dentre outros. Nos anos seguintes várias pessoas inclusive nomes da sociedade já aderiram ao desfile dente eles o Sr. Joaquim Alexandrino, que arranjou uma sanfona velha que não dava meio tom e desfilou com a mesma Jovem Médico Dr. Iran Costa, também caiu na folia. Seu Assis citou como nomes inesquecíveis do nosso carnaval além dos seus irmão fundadores da ESURD, o Mestre Tim , Chiquinho de Louso, Alberto Siebra e Narcisa.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

20 de Abril – Dia do Disco


Hoje é o Dia do disco de Vinil
“Tudo começa com o tato, sentindo a capa do disco; depois o olfato, sentindo o cheiro característico do vinil; depois a audição, desfrutando do som fiel e limpo que um bom LP pode oferecer, tudo isso envolto em um clima que mistura história, saudosismo, prazer e paixão”. Esses são os sentimentos que só os apaixonados pelo, carinhosamente chamado de bolachão, podem sentir.
Muito além de ouvir música, o que costumo chamar de “Cultura do Bolachão”, nos transporta para um mundo único, distante e prazeroso. Não tem como explicar com palavras, mas a experiência de ouvir uma boa música com vinil é totalmente distante de outro formato.
O Dia do Disco de Vinil foi fundado em 1978, no Rio de Janeiro, em homenagem ao músico Ataulfo Alves, que morreu no dia 20 de abril de 1968. A data serve também para saudosistas, colecionadores e amantes do vinil celebrarem sua paixão pelos discos.
UM POUQUINHO DA HISTÓRIA DO VINIL
Também conhecido como LP (Long Play), a mídia foi desenvolvida no início da década de 1950. Ela substituiu o disco de goma-laca de 78 rotações ou 78 rpm. Além da capacidade de reproduzir um número maior de músicas, o vinil é muito mais leve e resistente que o seu antecessor.
Além do LP, também existem outros formatos de vinil, os singles ou compactos de 7″ e os EPs de 10″, que são apenas uma versão menor que o formato tradicional e com menor capacidade.
Em 2009, a única fábrica de vinis da América Latina, a PolySom, foi reaberta no Rio de Janeiro. Com relançamento de clássicos nacionais, a fábrica também tem feito o trabalho de lançamento de novas bandas.
Fonte: www.somvinil.com.br / Jornal Gospel News.


O Dia do Disco foi criado no Rio de Janeiro pela Lei municipal n.º 78, de 26/12/1978. Alguns poderiam dizer que atualmente o "Dia do CD" seria mais apropriado. Mas, a velha "bolacha de vinil" é colecionada e admirada por muitos; que o digam os DJs que pagam caro, em dólar, pelos discos importados para garantir os efeitos especiais de som nas pistas de dança do país.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

NOSSO POVO NOSSA GENTE - ZÉ DA GELADEIRA


Jose Higino Bezerra, natural do município de Iguatú, nascido aos 17 de abril do ano de 1959, filho de Francisco Higino Bezerra e de dona Maria Higino Bezerra. De poucos estudos tendo feito apenas a 5ª Série  primária. Iniciou-se no ramo de refrigeração, mesmo sem ter um curso especifico, tendo ele cursos nada afins para a sua profissão tais como, mecânica e pintura de automóveis, e ainda solda elétrica e oxigênio. Tendo iniciado em refrigeração com seu cunhado Eliete Carvalho Diniz, que já trabalhava no ramo aprendendo com o mesmo, por volta do ano de 1970. Sendo que desde essa época trabalha no ramo e desde o ano de 1982, residindo em Várzea alegre. Atualmente mantém sua oficina no Bairro Riachinho defronte ao Parque de Vaquejada Antônio Siebra. Casou-se em 14 de novembro de 1986 com a Srª. Maria Socorro de Oliveira. Zé da geladeira como é mais conhecido, é mais um que se tornou um filho da terra de coração. Sendo este uma pessoa super extrovertida e simples. O mesmo formara uma gama muito grande de amigos que estão sempre ao seu lado. 

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Dia do Beijo


O Dia do Beijo é comemorado em 13 de Abril. Nesta data celebra-se o beijo que é um símbolo de afeto e carinho, sendo um gesto muito antigo e desde a idade média era utilizado com várias simbologias. Nesta data também é celebrado o Dia do Beijo de Língua.
O Dia do Beijo é comemorado em todos os países. Esta data celebra o ato de beijar, que na cultura ocidental, é considerado um gesto de afeição. Se praticado entre amigos, pode ser para um cumprimento ou despedida. Entre casais é geralmente dado nos lábios, como um símbolo de afeição romântica. 
Em roma, era normal que os imperadores permitissem serem beijados nos lábios pelos nobres mais influentes, e os menos importantes beijavam suas mãos. Na Escócia, o costume que de que o padre deveria beijar os lábios da noiva ao final de uma cerimônia. Este era como uma benção para que o casal tivesse felicidade na vida conjugal. Já na festa, a noiva geralmente beijava todos os homens em troca de dinheiro. 
A Origem do Beijo
Não existe um inventor do beijo, e nem uma data onde o costume começou, porém pesquisadores, cientistas e antropólogos têm por anos discutidos teorias de como esse costume começou. Inicialmente acredita-se que tenha se iniciado dentro de rituais religiosos antigos, em sinal de respeito, mas também é identificado como um fator cultural, onde as pessoas com a necessidade de demonstrar sinais de afeto pelos outros, usavam o beijo para se expressar.
O Beijo na Idade Média
O chamado beijo da paz era comum na idade média, e representava um sinal de respeito comum entre homens pertencentes à determinada classe social, utilizado também para marcar acordos entre os senhores feudais.
Na sociedade Persa o beijo também tinha caráter social, sendo que homens da mesma classe davam beijos na boca, enquanto outros de classes inferiores não podiam se beijar ou apenas beijavam no rosto, apenas prestar reverência aos homens de classe superior. Na era Hebraica o beijo também tinha significado afetuoso, sendo que na Biblia é relatado um episódio onde Judas teria traído Jesus com um beijo, um sinal que deveria ser de afeto, mas foi um gesto de traíção.
Beijo entre apaixonados
Com o surgimento do renascimento o beijo deixou de ser um ritual cultural entre homens para passar a ser apenas um gesto entre aqueles que são apaixonados. O beijo continua a ser utilizado dentro da religião, como na católica, onde os fieis beijam a mão do padre como sinal de respeito.
Origem do Dia Internacional do Beijo
Não se tem certeza sobre a origem do Dia do Beijo, porém acredita-se que a data teve origem em 13 de Abril de 1882, onde em uma vila italiana existia um homem chamado Enrique Porchelo, que beijava todas as mulheres que encontrava, não importando se eram ou não comprometidas, até que em 13 de Abril daquele ano, o padre da região resolveu oferecer um prêmio em moedas de ouro para a primeira mulher que se apresentasse e que não tinha sido beijada por Enrique, porém nenhuma mulher se apresentou, e acredita-se na lenda de que a pequena fortuna está escondida, em algum local da Itália até hoje
O beijo é um assunto tão interessante que já ganhou até um manual. Trata-se do livro "O Dossiê do Beijo: 484 maneiras de se beijar" de autoria de Pedro Paulo Carneiro. Segundo o autor, do seu nascimento até a morte, você terá 24 mil beijos para serem trocados, divididos, roubados... Você pode conferir as dicas do autor, mas certamente nesse assunto só a prática pode levar à perfeição! 


sábado, 11 de abril de 2015

Acreditar no futuro é assim


Isso é o que se pode chamar de Plantar hoje pra colher amanha.
 
Abrir mão do presente para investir no futuro, foi o que fez a minha branquela. Deixou de financeiramente ganhar mais, para em contrapartida mais que palpável, gastar mais. Deixou de lado, numa escolha em que só poderá realmente dizer que valeu a pena no futuro. O conforto de poder dormir um pouco mais, para mais cedo acordar e muito mais cedo ainda nos meses do horário de verão, por acreditar; primeiro que poderia prestar muito mais serviço ao próximo do que apenas deixar unhas mais bonitas, para quem não sabe ela é manicure de profissão e também, por ter a certeza de que esse esforço, com a semente que ela plantou todos esses dias, em sair de casa cedo pegar transporte em vez de chegar ao trabalho a pé num percurso de apenas 20min como sempre fazia, por este não ser distante da a sua residência, para deslocar-se por, 1:30min pegando ônibus trem e metrô, e hoje está aqui sendo coroada com essa vitória nesta batalha. O fim desta batalha não é o fim da guerra talvez que esta seja apenas o inicio. Mas ela é guerreira ela já provou para aqueles que a conhecem do que é capaz. Ela que desde cedo aprendeu a pelo próprio punho a tomar decisões. Quando ainda na sua adolescência resolveu deixar a Escolazinha da zona Rural para estudar na cidade, mesmo que sabendo que teria o desconforto de ter de se deslocar indo e vindo todos os dias. Pra não morar fora casa de outros mesmo, sendo e familiares, mas que aí já era plantada a semente da determinação.
Também assim o foi, quando resolve casar e construir família e quando anos depois teve de em prol do seu próprio bem estar interior de abrir mão do conforto de uma casa da companhia de um marido, para dar o rosto à pesada mão desse ultrajante sistema de vida atual, para com duas filhas enfrentar o pesado momento do acreditar que vai dar certo, sem estar em si o poder de realmente ser. Mas mesmo assim municiou-se de fé e com a arma da esperança atirou certeiramente nas intempéries do destino e acertou em cheio ganhando nesta batalha, o troféu do alívio do fardo da infelicidade e hoje determinadamente galga os frutos dos seus esforços da sua fé e da sua esperança. Foram os seus sonhos que a fizeram encontrar forças para tomar a decisão de trocar a comodidade de uma vida simples, mas segura, por um futuro incerto mas trilhado pelos seus próprios pés com fé em Deus, determinação e olhos fechados para as pedras do caminho. Foi vencendo todos esses obstáculos que assim chegou aqui a aninha de vocês a minha querida branquela. Hoje sendo essa nova pessoa a Técnica em podologia Claudia Sousa.  Foram nada mais nada menos que 1.200 exaustivas horas compreendidas entre as datas de 21 10 2013 ao dia 10 04 2015 no Senac Vila Prudente São Paulo 
O dia da formatura é um paradoxo na vida. Acredita-se que é um final, uma linha de chegada. No entanto, na verdade, você não está no ponto derradeiro, e sim, em um novo início. Que ninguém vos fale de novos desafios hoje. O que se quer é comemorar a vitória, erguer com orgulho o troféu. No entanto vos aguarda no dia a dia, uma maravilhosa descoberta. Que essa pausa não é um ponto final, se não uma pequena vírgula na frase das anotações da história da sua vida. Ela a coloca em novo começo, sendo que desta vez os prêmios não estarão esperando na reta final, eles estarão a beira do caminho que vais trilhar. As vezes ao alcance de suas  mãos em outras bem distante dos seus olhos; mas possíveis. Graças a tua escolha pela dedicação aos estudos e a determinação de aqui chegar e continuar. Graças a estas, terás um oportunidade dada a um seleto grupo. A oportunidade de prestar um serviço de qualidade aprimorado e alicerçado em ensinamentos técnicos indispensáveis a um profissional especializado. Que o mundo lhes abra o leque de oportunidades, e uma vez este aberto aproprie-se deste, percorra-o, faça-o seu você merece.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

O POETA QUE ABRE A JANELA DO SERTÃO.


O  POETA  QUE  ABRE  A  JANELA  DO  SERTÃO.

Sintonizando o programa Forrozão da Cultura, apresentado pelo poeta Cláudio Sousa, na Rádio Cultura de Várzea Alegre- Ceará. Tive a oportunidade de ouvir alguns poemas da autoria do poeta Luis Gonçalves Pinho (Luis de Elvesso) Os seus versos populares identifica o autor como um sertanejo Autêntico. Seu trabalho vai de encontro com o que tem de melhor no sertão. Contrastando assim com alguns poetas que se dizem populares, quando o leitor para entender  a sua poesia tem que recorrer a um dicionário.

Como conhecedor do assunto, eu digo com toda segurança que entre os poetas populares da terra do arroz, o poeta Luis de Elvesso é o que mais se aproxima do grande mestre Patativa do Assaré.

Texto passivo de opiniões.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

NOSSO POVO, NOSSA GENTE - LUIS DE ELVESSO


Luís Gonçalves de Pinho, nascido aos 09 de abril de 1955, no sítio Iputí deste município, filho de Everton Gonçalves de Pinho e Luzia Lurdes Ferreira. Tendo apenas uma irmã, Expedita Ferreira Pinho, esta residente em Paraopeba estado do Pará. Teve pouca oportunidade para os estudos, tendo iniciado os mesmos na Escola do Sítio S. Vicente, tendo como primeira a professora Vilanir, filha do senhor Duquinco. Estudando apenas uns três anos, não tendo estudado mais até hoje. Morou ainda no sítio Barreiros, depois residindo no Peri-peri e em seguida na cidade. Segundo  ele o seu Don poético foi dado por Deus, mas desde criança, que admira e acompanha os poetas cantadores. Por volta dos seus 10 anos, já costumava assistir cantorias. Fora observando que desenvolveu a arte da poesia, não recorda qual fora seu primeiro trabalho poético dentre várias poesias composta por ele.
Casado com a senhora Luzia Maria da Silva com quem tem a filha, Cícera da Silva Pinho Lima. Não se envergonha de ter sido alcoólatra bebendo por 23 anos, passado nessa época 19 anos separado da esposa. Porque  hoje serve de exemplo para muitos que hoje não conseguem deixar o vício. Segundo ele teve o primeiro contato com a cachaça aos 8 anos de idade em um fogo de broca. No auge do vicio chegou à ralé, de ser costumeiro encontrar caído pelas calçadas, feito as necessidades fisiológicas nas próprias roupas.  Tendo também passado em uma dessas épocas, passado cerca de 40 dias internado no Isolamento do hospital São Raimundo, quase sem esperança, mas onde todos os dias recebia a visita do Dr. Raimundo Sátiro, a quem agradece pela persistência.  Nessa época, separado da mulher conviveu certo tempo com a também alcoólatra Narcisia.  Mas mesmo em sua conturbada maneira de viver, ainda fazia versos de improviso e de quando em vez relatava em versos a sua triste situação. A exemplo:     

Eu sou de família boa
Tem gente que até critica
Com tanta família rica
Eu viver bolando a toa
Eu sou o tipo de pessoa
Que a família não quer ver
Mesmo eu já nasci pra ser
Um pé rapado qualquer
Vivendo porque Deus quer
Mas não que eu possa viver.

Quando ele alcoólatra frequentava o comercio de Til localizado no Alto do Tenente, quando em uma das idas do centro da cidade ao referido bairro, como era de costume de quando em vez sofria um tropeção, e um destes foi tão forte que levantara uma das unhas do dedo grande do pé. Ao chegar ao referido comercio com o chinelo colada ao pé de tanto sangue. Um cidadão que estava no lá, o desfiou a fazer um verso com aquela topada. No que ele falou, pague uma dose de cachaça pra mim que eu faço. O cidadão pagou ele tomou a cachaça, jogou um pouco em cima do dedo ferido e nisso falou:

Não tenho mais nada na vida
Meu grande amor se acabou
Olha o tamanho da topada
Que este égua levou.

(intervalo pra respirar, olhou para a unha ferida, arrancou o restante e terminou o verso dizendo).

E não tem mais nem uma unha
Das que Elvesso deixou.       

São vários os seus trabalhos escritos, dente os quais para homenageá-lo em seu dia destacamos.

Meu nome é Luis de Elvesso
Repentista de alinho
Uns me chamam Luizinho
Outros Luis azaverso
Mas através do meu verso
Jamais alguém me entendeu
Só Jesus o Galileu
Sabe a peça que criou
Ninguém sabe quem eu sou
Quem sabe o que sou, sou eu

Uns dizem que tenho sorte
Outros que sou azarado
Uns me chamam de coitado
Outros me chamam homem forte
Se uns me deseja a morte
Outros zelam do que é meu
Se um me chama de Tadeu
Outro chama gigolô
Ninguém sabe quem eu sou
Quem sabe o que sou. Sou eu

Uns me chamam de poeta
Outros me chamam ladrão
Uns me chamam campeão
Outros me chamam pateta
Se um me chama profeta
Outro me chama lopeu
Até o velho Zaqueu
Meu trabalho censurou
Ninguém sabe quem eu sou
Quem sabe o que sou, sou eu.

Luis Gonçalves de Pinho
(Luis de Elvesso)
V . Alegre em 20 abril de 2005

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Agentes Penitenciários apreendem “Gato Carregador” no Presídio Romero Nóbrega, em Patos


Uma cena no mínimo inusitada foi registrada na noite deste domingo, dia 05, quando Agentes Penitenciários em serviço no Presídio Procurador Romero Nóbrega, em Patos, se depararam com um gato que estava sendo usado para transportar celulares e carregadores de bateria de celular para dentro do presídio.
De acordo com o chefe de segurança e disciplina, Agente Penitenciário Azevedo, o gato entrou pelo estacionamento e depois tentou passar pelo espaço entre as grades, mas foi flagrado em seguida e capturado. “Pegamos o animal com os devidos cuidados e desmontamos os objetos que estavam devidamente fixados no corpo dele com fitas adesivas”, relatou Azevedo.
O fato se deu por volta da meia noite e acabou sendo motivo de diversas indagações entre os Agentes Penitenciários, pois o caso é impar na unidade prisional e serve de alerta, pois estão usando de tudo para entrar com ilícitos para dentro do Presídio Procurador Romero Nóbrega.
“Quero destacar o trabalho dos Agentes Penitenciários que estão sempre atentos, não só nesse caso, mas também nos demais que por ventura nos deparamos no serviço. Isso mostra que seja como for os apenados tentam burlar a lei, no entanto, se deparam com homens preparados para exercer sua função”, destacou o diretor do presídio, José Neto.
Até o momento não se tem informações para onde estava se deslocando o “Gato Carregador” com os 4 celulares e mais 3 carregadores quando foi apreendido.

Jozivan Antero – Patosonline.com






A EXTINÇÃO DO JUMENTO


Jumento, ó velho jumento
Deste de ti cem por cento
Nunca pediste um aumento
Nem promoção no emprego
Por dez motores forçavas
Por dez homens laboravas
E à noite suportavas
As mordidas do morcego

Debaixo duma cangalha
Só por um feixe de palha
Animal nenhum trabalha
Do tanto que trabalhavas
Depois de velho caído
Certo do dever cumprido
Nunca foi reconhecido
O grande lucro que davas

Teu dono te punha a sela
Depois se escanchava nela
E na frente e atrás dela
Botava mais dois guris
Furava com as esporas
Corria duas, três horas
Quebrava cinco, seis toras
De pau malhando os quadris.

Jumento, quando eu reflito
Lembro teu pêlo bonito
Parece ouvir o apito
Da força da tua voz
Chego à triste conclusão
Que a raça em extinção
Deixa saudade ao sertão
E muita falta pra nós.

Passaste dentro da brenha
Tombando feixe de lenha
Que o sertão talvez não tenha
Animal melhor de carga
Hoje, porque estás cansado
És no desprezo atirado
Pra viver abandonado
Numa vida tão amarga.

Mas não percas a esperança
De quem espera não cansa
Adia tua vingança
Para outra encarnação
Pede para o Soberano
Para nesse outro plano
Voltares um ser humano
E o homem voltar gangão.

Donzílio Luiz de Oliveira

   Poesia extraída do livro:
"Pelas trilhas da memória",
     de Donzílio Luiz.

FONTE


quarta-feira, 1 de abril de 2015

ESCOLA PRESIDENTE CASTELO; NAO TROCAR O NOME, POR QUÊ?

 
 
A exemplo do que acontecera aqui em Várzea Alegre, escolas do Estado do Maranhão que homenageavam ditadores têm nomes substituídos. O que diferenciou no ato de lá com o daqui, foi que aqui a troca gerou polêmica tendo inclusive algumas pessoas que isoladamente defenderam a realização de campanha para a volta do antigo nome.
 
(Foto: Lauro Vasconcelos)
 
No dia em que o golpe militar brasileiro completa 51 anos, dez escolas maranhenses que homenageavam personalidades que constam no Relatório Final da Comissão da Verdade como responsáveis por crimes de tortura durante o regime ditatorial terão modificadas suas nomenclaturas. As escolas que tiveram nome modificado passaram por processo democrático de escolha dos novos nomes.
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) identificou 10 escolas em nove municípios maranhenses que possuíam nome dos ex-presidentes do Brasil que governaram sob o regime militar. Através de um processo democrático de escolha, a comunidade escolar votou nos nomes que substituiriam as nomenclaturas originais. A modificação foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (31). Participaram da escolha dos nomes profissionais da educação, estudantes, funcionários das escolas e a comunidade do entorno das unidades escolares.
O governador Flávio Dino explicou que, a partir da identificação de torturadores pelo Relatório da Comissão Nacional da Verdade, não é razoável que prédios públicos continuem a homenageá-los.
“O relatório aponta graves infrações aos direitos humanos cometidos durante esse período e nomeia os responsáveis por esses crimes. O Estado do Maranhão não mais homenageará os responsáveis por crimes contra a humanidade”, disse o governador, que defendeu os princípios do Estado Democrático de Direito alcançados pelo Brasil após o período ditatorial.
Todo o processo de mudança ocorreu com base no Decreto Nº 30.618 de 02 de janeiro de 2015, que veda a secretários de Estado, a dirigentes de entidades da Administração indireta e a quaisquer agentes que exerçam cargos de direção, chefia, e assessoramento no âmbito do Poder Executivo, atribuir ou propor a atribuição de nome de pessoa viva a bem público, de qualquer natureza, pertencente ou sob gestão do Estado do Maranhão ou das pessoas jurídicas da Administração Estadual indireta.
No decreto, a vedação é estendida também a nomes de pessoas, ainda que falecidas, que tenham constado no Relatório Final da Comissão da Verdade de que trata a Lei Nº 12.528 de 18 de novembro de 2011, como responsáveis por crimes cometidos durante a ditadura militar.
O processo para essa substituição foi conduzido por uma ‘Comissão de Mudança dos Nomes’ composta por representantes do Conselho Estadual de Educação(CEE), da Supervisão de Inspeção Escolar (SIE), da Supervisão de Gestão Escolar (SUAGE), Superintendência de Educação Básica (SUEB) e da Superintendência de Assunto Jurídicos (SUPEJUR).
O decreto dispõe que os nomes substitutivos devem representar personalidades que tenham contribuído com a construção da identidade educacional municipal, estadual ou federal e ter reputação ilibada conforme a Lei da Ficha Limpa. A Comissão de Mudança apresentou, para cada escola, três nomes substitutivos entre os quais a comunidade escolar escolheu aquele publicado no Diário Oficial do Poder Executivo do Maranhão.
Em Loreto,  estudantes das 2ª e 3ª séries do Ensino Médio organizaram inclusive um júri simulado para acompanhar a modificação. “Além dos 60 alunos dessas séries e demais estudantes da escola, a comunidade também deu sua contribuição através do júri. Os alunos realizaram com muita empolgação estudos, pesquisas e entrevistas a ex-diretores e pessoas da comunidade para embasar o debate”, explicou Crizálida Coelho Martins.
O Cearense Humberto de Alencar Castelo Figurava como o maior Homenageado, como se pode ver abaixo.

Veja as escolas que tiveram seus nomes modificados
Município Nome antigo Nome novo
São Luís U. I. Marechal Castelo Branco Unidade Integrada Jackson Lago
Imperatriz Centro de Ensino Castelo Branco C.E. Vinícius de Moraes
Caxias U. E. Marechal Castelo Branco U. E. Professora Suely Reis
Caxias U. I. Presidente Costa e Silva U. I. Professora Rita de Cássia Azevedo
Governador Newton Bello C. E. Marechal Castelo Branco C. E. Antônio Macêdo de Almeida
Timbiras C. E. Emílio Garrastazu Médici C. E. Paulo Freire
Loreto C. E. Presidente Médice C. E. Paulo Freire
Fortaleza dos Nogueiras Centro de Ensino Castelo Branco C. E. Vera Lúcia dos Santos Carvalho
Timon C. E. Marechal Arthur da Costa e Silva C. E. Maria da Conceição Teófilo Silva
Gonçalves Dias C. E. Presidente Castelo Branco C. E. Sulamita Lúcio do Nascimento