quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O SUMIÇO DE JOÃOZINHO.- Mundim Do Vale

No dia Internacional do Teatro, lembramos o nosso tradicional Teatro de Bonecos Cassimiro Coco, seu Protagonista Damião e um dos seus principais personagem Joãozinho.


Eita! Boneco danado
Pra gostar de aventura,
O padrasto na Cultura
E ele todo enrolado.
Fica comprando fiado
Nas bodegas da Varjota,
Dança sem pagar a cota
E briga no calçadão.
No tempo de Damião
Não era assim tão fiota.

Logo depois do natal
Joãozinho botou boneco,
Bebeu em cada boteco
Do Alto do Coloral.
Passou pelo Juremal
Arrumou logo uma briga,
Bateu numa rapariga
E foi parar lá no Ronca.
Para completar a bronca
Deixou por lá outra intriga.

Cláudio Souza na procura
E nada de encontrar,
O jeito foi divulgar
O sumiço na cultura.
No Alto da Prefeitura
Gente ruim tem de magote,
Um cabra pegou o mote
E ligou dizendo Assim:
- Pode vir buscar Joãozim.
Cláudio foi, mas era um trote.

Cláudio Souza procurava
E nada de encontrar,
Só as contas pra pagar
Que o Boneco deixava.
Em cada bar que passava
A farra já era certa,
A conta ficava aberta
Que ele não tinha dinheiro.
Mas dizia, em janeiro
O meu padrasto acerta.

No parque entrou sem pagar
E ainda botou uma quenga,
Lá dentro fez uma arenga
Com o gerente do bar.
Depois pegou a chorar
Dizendo: - Eu sou desprezado,
Sou menor abandonado
Não há quem goste de mim.
Eu vou é tomar chumbim
Para morrer sossegado.

Eita! Que povo esquecido
Gente de pouca memória,
Eu também já fiz história
Fui muito bem aplaudido.
Das crianças fui querido
Pelas brincadeiras minha,
Naquele tempo não tinha
Criança tão avançada.
Hoje em dia a meninada
Gosta é de Toca e Toquinha.

Fez a maior cascaria
Na posse de Vanderley,
Disse: - Foi em você que votei
Quero uma secretaria.
Não aceito covardia
Sacanagem eu não tolero,
Minha tolerância é zero
Não aceito enrolação.
Se não, na outra eleição
Eu vou votar no Homero.

Mas eu até que sabia
Por onde Joãozinho andava,
O Cláudio Me perguntava
E eu só de mal não dizia.
Mas deu-se que um certo dia
Acabou-se a brincadeira,
Cláudio chegava da feira
Um tanto preocupado,
Quando encontrou bem sentado
O Boneco na cadeira.

Poeta: Mundim do Vale

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

FESTA DE S. RAIMUNDO PROGRAMAÇÃO


Mais um Varzealegrense lança livro


Curso de formação de Socorrista realiza aula prática em Várzea Alegre.





Nesse domingo (24/08) no período da manha fora realizada aula pratica do  Curso de formação de Socorristas, dado pela Empresa INOVARE – Cursos e  Treinamentos. O curso em nosso cidade tem a coordenação do Rodrigo Silva e a monitoração de aulas sob a responsabilidade do Prfº Jackson Figueiredo. Na turma atual, são 32 anos entre homens e mulheres, que deverão cumprir  as 4 etapas do curso de 100hs aula divididas em 4 módulos. Sendo o primeiro; aulas teóricas baseadas na legislação do Socorrista. O segundo Imobilização de fraturas, rolamentos e rapel. No quarto módulo Socorro na água e retirada de vítimas de veículos acidentados.  A entrega de certificados se dará no dia 07 de setembro no Creva.  

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Parabéns e Muito Obrigado São Bernardo


São Bernardo Muito Obrigado
Essa cidade excelente
Na rota da trajetória
Faz parte nossa da história
Ajudando a nossa gente
Esse povo competente
Que guarida nos tem dado
Eu me sinto agraciado
E aqui vim agradecer
E nesses versos dizer
São Bernardo muito obrigado

Nunca saí do meu ninho
Que é chamada Várzea Alegre
Pois mais que tudo se integre
Eu nunca que andei sozinho
Pois eu não sou adivinho
Carlos Maurício veio de  lado
Ele vinha muito calado
E eu fazendo esse cordel
E pra vocês tiro o chapéu
São Bernardo muito obrigado

Já andei de avião
Foi a essa a segunda vez
E confesso pra vocês
Um um não deixo mais não
Foi tão grande a emoção
Que meu peito ficou gelado
Fiquei muito emocionado
Quase dava uma agonia
Nunca esquecerei o dia
São Bernardo muito obrigado

O povo daqui tem crido
Em nossa gente nordestina
Por ferramentas divina
Esse chão foi esculpido
Noutro planeta nascido
Ou do céu por Deus mandado
Pai era pra ter ficado
No chão que há vocês pertence
Pra eu ser Sãobernardense
São Bernardo muito obrigado

São Bernardo cidade encanto
Cheia de camaradagem
Senhora de boa viajem
Me envolva no seu manto
Uma noiva nesse canto
Espero ter arrumado
Penso em ser abençoado
Por um padre mariano
E quase casava esse ano
São Bernardo muito obrigado

Cheguei perguntei pra mim
Vendo esses prédios imensos
Será se os jardins suspensos
Eram tão bonitos assim
Como beijar flor eu vim
Provar do néctar sagrado
Ficarei embriagado
Tombando por suas ruas
Com o cheiro das flores suas
São Bernardo muito obrigado

Nunca estive tão feliz
Como estou hoje neste chão
Em frente essa multidão
Já visitei a matriz
Na platéia tem juiz
Promotor advogado
Tem prefeito e deputado
E uns de galho ainda novo
Mas eu quero dizer pra o povo
São Bernardo muito obrigado

Uma platéia sincera
Igual a essa que vem
Em outro lugar não tem
Nem no Ibirapuera
São Bernardo tava a espera
Deste encontrado marcado
Por mim foi anunciado
Uma centena de vez
Sem receber de vocês
Nem ser quer muito obrigado

Botaram muitas cadeiras
Pra o conforto de vocês
Mas é chegada a minha vez
A recíproca é verdadeira
Gostei da nossa bandeira
Junta da de São Bernardo
Neste palco iluminado
Onde atrações fazem festa
Mas sem vocês nada presta
São Bernardo muito obrigado

Eu vou levar nesse horário
Que de vocês me disperso
O status do sucesso
Sem cachê e sem salário
E da matriz que o vigário
Reza tirando pecado
Na mente um filme gravado
Do povo do meu torrão
E vocês no coração
São Bernardo muito obrigado

Há um  lugar espetacular
Nosso prefeito nos trouxe
E é como São Bernardo fosse
Nossa várzea meu lugar
Me animei pra rimar
Que eu vinha desanimado
Vou voltar apaixonado
Por todos que eu vi agora
Que pena que vou já embora
São Bernardo muito obrigado

Ao  prefeito Luiz Marinho
Eu quero fazer menção
E dizer que em nosso torrão
Lhes temos muito carinho
Seguindo nesse caminho
Queremos sempre ao nosso lado
Pra com o nosso município amado
Firmamos mais parceria
Adeus até outro dia
São Bernardo muito obrigado

Da Câmara Municipal
Saúdo o presidente
Ele que está a frente
Num trabalho sem igual
E no amor fraternal
Que aqui tem emanado
Está no coração guardado
O nome nos memorias meus
Valeu Senhor Tião Matheus
São Bernardo muito obrigado

O nosso irmão Mathias
Que hoje é sub prefeito
Por mim seria o eleito
Também penou alguns dias
Mas buscou as garantias
No seu sonho dedicado
Há muitos tem ajudado
E agora chegou minha vez
De agradecer a vocês
São Bernardo muito obrigado

Muito obrigado eu digo
De todo meu coração
E todos do meu torrão
Repete em couro comigo
São Bernardo é um amigo
Que no peito temos guardado
E outras cidades ao seu lado
Também nos tem amizade
Por crescer nossa cidade
São Bernardo muito obrigado

Agora vou finalizar
Dando obrigado de novo
Obrigado a esse povo
Que sabe o que é ajudar
O progresso do nosso lar
Depende de estar ligado
A quem já tá avançado
E a Várzea com São Bernardo conta
E eu já perdi a conta
De quantos “MUITO OBRIGADO”

Adaptada em 18 12 2013



segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Morre aos 62 anos o radialista Bosco Alves


Morreu por volta das 22 horas deste sábado o radialista João Bosco Alves, de 62 anos, em consequência de uma parada no sistema renal três dias após se submeter a uma cirurgia para a retirada de um tumor no pâncreas. O procedimento aconteceu no Hospital Cura D´Ars em Fortaleza dias após um diagnóstico de câncer. O corpo do conhecido profissional da comunicação chegou às 10h10 no Aeroporto Regional do Cariri e o velório acontece no Centro Anjo da Guarda em Juazeiro.
Atualmente, Bosco Alves estava trabalhando no Cariri da Sorte e era o responsável pela entrega dos prêmios. O sepultamento se dará às 10 horas desta segunda-feira no Cemitério do Socorro. Ele nasceu em Juazeiro do Norte no dia 23 de junho de 1952 e era membro de uma família tradicional de radialistas tendo falecido exatamente um mês após o sepultamento do seu colega narrador esportivo Francisco Silva, o Foguinho, com quem trabalhou.
Bosco era sobrinho dos radialistas Coelho Alves e Geraldo Alves, primo de Cícero Antonio e irmão dos também profissionais da comunicação Paulino e Luca Alves. Praticamente, começou na época em que despontavam no rádio esportivo locutores como Carlos Alencar, Teones Batista, Luiz Carlos, Wilton Bezerra, João Eudes, José Boaventura, Lucier Menezes e outros. Todavia, muito se destacou à frente do programa vespertino Força Total na Rádio Progresso com bastante audiência, cartas e ouvintes no ar.
Trabalhou ainda nas Rádios Iracema e Verde Vale chegando a dirigir a Rádio Cultura de Várzea Alegre quando atendeu convite do seu amigo e empresário, Raimundo Ferreira. Em 1981, ele apresentava às tardes na Rádio Iracema o programa “Falando ao Coração” de músicas bregas. Ao tirar férias, foi substituído pelo radialista – atualmente apresentador da TV Diário – Silvino Neves, que comandava um forrozão no horário noturno. Silvino gostou tanto do estilo que mesclou em seu programa diante do consentimento do Mestre Coelho Alves.
Fora da região do Cariri, atuou, também, como narrador esportivo nas Rádios Cidade e Verdes Mares de Fortaleza. Bosco tinha três filhos do primeiro casamento, sendo duas mulheres, residentes em Juazeiro do Norte, e o filho que é representante de um laboratório de medicamentos em Fortaleza. Sua esposa atual é paciente de um câncer de mama e o radialista vinha acompanhando de perto o tratamento da mesma até descobrir que, também, sofria do mesmo mal.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Caririaçu de Luto

Caririaçu-CE: Prefeito decreta Luto Oficial e adia Festa do Município depois de acidente com seis vítimas fatais

O Prefeito de Caririaçu, João Marcos, bastante sensibilizado com a dor dos familiares das vítimas de um grave acidente ocorrido por volta das 5 horas desta quarta-feira, 13/08, na BR-251, km 307, a 10 km de Salinas, no Norte de Minas Gerais, que deixou seis vítimas fatais e sete feridas, todas filhas de Caririaçu que iam para a cidade de Nova Serrana em Minas Gerais.
Logo que a notícia chegou a Caririaçu, o prefeito se reuniu com toda equipe da administração e decidiu adiar a festa de aniversario do município que aconteceria de 15 a 17 de agosto, com uma vasta programação.  Também foi decretado Luto Oficial por três dias.
A festa foi adiada pela prefeitura por causa da tragédia que chocou a cidade, a população está abalada. “Todos entendem que este não é um momento de festa”, disse o prefeito.
Todas as providências estão sendo tomadas pela prefeitura, no sentido de dar assistência aos familiares das vítimas aqui em Caririaçu, providenciando o translado dos corpos para sepultamento e assistência também as pessoas que ficaram feridas e estão internadas nas cidades próximas ao acidente.

Fonte 

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Enola Gay: o avião que lançou a bomba atômica em Hiroshima.


Enola Gay foi o nome dado a um bombardeiro Boeing B-29 americano, que lançou uma bomba atômica na cidade de Hiroshima, no Japão, na manhã de 6 de agosto de 1945, precipitando o final da Segunda Guerra Mundial.
Essa aeronave foi escolhida na fábrica Glenn Martin, em Omaha, Nebraska (que fabricava os B-29 sob licença da Boeing) pelo Coronel Paul Tibbets Jr, então com 30 anos e comandante do 509º Composite Group, unidade designada para lançar os ataques atômicos contra o Japão.
Era um modelo bastante modificado do B-29, levava o c/n 44-86292, e tinha compartimentos de bombas especificamente adaptados para levar uma única bomba de cerca de 4,5 toneladas. Seu armamento defensivo foi todo removido para aliviar peso e melhorar o desempenho da aeronave.
A aeronave foi aceita formalmente pela US Army Air Force (USAAF) em 18 de maio de 1945 e transferida para a base do 509º CG em 14 de junho de 1945. A aeronave era pilotada pelo Capitão Robert A Lewis, mas foi comandada pelo Coronel Tibbets em pessoa na missão atômica sobre Hiroshima, ficando Lewis como co-piloto.
Em julho de 1945, sempre sob o comando de Lewis, a aeronave efetuou oito missões de treinamento e duas missões de combate, lançando bombas "arrasa-quarteirão", de peso e tamanho aproximadamente iguais ao da bomba atômica, sobre Kobe e Nagoya.
O avião foi batizado Enola Gay, na véspera do ataque atômico, em homenagem á mãe do Coronel Tibbets, Enola Gay Tibbets, para desgosto do Capitão Lewis, que considerava a aeronave como "seu avião".
A missão em Hiroshima foi bem sucedida, mas nem a aeronave nem o piloto lançaram a segunda bomba, em Nagasaki, missão que ficou a cargo do Capitão Charles Sweeney e do B-29 batizado de Bock's Car. O Enola Gay voou nessa missão como observador meteorológico, sobre a cidade de Kokura.
Após o fim da guerra, a aeronave voltou aos Estados Unidos em 6 de novembro de 1945 para a nova base do 509º, em Roswell, New Mexico. Participou, embora sem lançar nenhum artefato atômico, da Operação Crossroads, em Bikini, Ilhas Marshall, na qual os americanos fizeram dois testes nucleares em 1946.
A aeronave foi desativada pela USAAF em 24 de julho de 1946, e doada à Smithsonian Institution na mesma data, sendo removida para o "boneyard" de Davis-Monthan, em Tucson, Arizona, para estocagem.
A aeronave foi entregue para a Smithsonian Institution em 3 de julho de 1949 pelo Coronel Tibbets em pessoa, e depois foi hangarada em vários locais até o início da sua restauração, em 5 de dezembro de 1984, em Suitland, Maryland.
Atualmente, a aeronave está totalmente restaurada e em exibição pública no Steven F. Udvar-Hazy Center, próximo ao Aeroporto Internacional Dulles, de Washington, EUA, sendo severamente vigiada para evitar atentados. devido à sua história.

domingo, 3 de agosto de 2014

APICULTURA UMA ATIVIDADE DELICADA


O apicultor Marcelo Lopes perdeu todas as abelhas de suas 70 colméias. As poucas que sobraram estão condenadas e ele calcula que os prejuízos chegam a R$ 30 mil. “Tudo aconteceu em menos de 48 horas. A partir desse momento as nossas abelhas morreram todas”, disse.
Outros três apiários também foram prejudicados. Pelas características, os produtores acreditam que foi envenenamento. As abelhas estavam na cúpula da torre, a mais de 25 metros de altura, e uma substância foi aplicada no local pelos bombeiros.
O presidente da Associação de Apicultores da Região, Antônio Tadeu Ferreira, levou o caso à polícia. “Após a eliminação da colméia da torre, três dias depois ainda não tinham retirado os resíduos contaminados. Uma abelha contaminada retornando para a colméia elimina a colméia toda”, afirmou.
saiba mais
Abelhas comem ração de frango e prejudicam produção em Descalvado
Agrotóxico causou morte de abelhas em Gavião Peixoto, SP, aponta laudo
Análise
Um boletim de ocorrência foi registrado e a Associação encaminhou o material recolhido na igreja para análise. Ainda não há prazo para sair o resultado. “Registramos o boletim e refizemos a coleta de material contaminado, tanto no apiário como na torre da igreja”, disse.
Em frente à igreja são encontradas várias abelhas mortas. O padre responsável pela igreja não quis gravar entrevista, mas disse que há um ano pediu para uma associação retirar a colméia e, como não foi resolvido, chamou o Corpo de Bombeiros.
Procedimento
O sargento dos Bombeiros Silvair Ferreira dos Santos disse que, além do lança-chamas, foi usado veneno. “Deixamos o local inundado desse produto. Nós usamos duas latas desse produto, que é vendida em supermercado, e deixamos que elas se dispersassem”, afirmou.
Para ele o procedimento foi correto. “Normal até porque a gente orientou que o pessoal permanecesse distante de lá, até porque é um local privativo, que não tem freqüência humana. Apenas as abelhas estavam atacando as pessoas na praça”, explicou Santos.

FONTE: 

sábado, 2 de agosto de 2014

Poesia - RAIMUNDO LUCAS BIDINHO 100 ANOS POR LIDUÍNA SOUSA



LIDUINA DE SOUSA (Academia Varzealegrense de Letras)
PRESTA UMA HOMENAGEM AO PATRONO DA CADEIRA - Nº 03
CADEIRA OCUPADA PELA AUTORA

Ao meu patrono, eu dedico
Com carinho, honra e tudo
Pois escolhi, entre muitos
Para fazer meu estudo
Lendo a obra, já gostei
E por isso a organizei
Em forma de um escudo

Apresentarei uns versos
Bagunçando gestos meus
Fazendo a literatura
Com ilustres traços seus
Quem dera ser comparados
Uns versos tão mal rimados
Quando se trata dos meus.

Faço valer minha história
Consagrada em homenagem
Que tento fazer agora
Com as letras da imagem
Desenhadas no papel
De antologia e pincel
Com ousadia e coragem

É ousadia e coragem
Eu querer rimar assim
Fazendo uma poesia
Pro meu patrono Bidim
Que tão bem deixou a rima
Metrificada em cima
De cada verso “certim”

Quando se explora a cultura
Eu vejo que é infinita
Pois Bidim tratou a rima
De forma bem erudita
E fez verso em perfeição
Tendo escolarização
Apenas na forma escrita.

Nascido no sitio Chico
E trabalhando na roça
Bidim se fez consagrar
De forma tão clamorosa
Que sua literatura
Não se tornou imatura
Ficando até bem famosa

Um tributo a Bidinho
Faço-o com muito apreço
Embora não tenha tido
Convívio, só endereço
Mas ao ouvir falar
Dele eu me fiz gostar
E por isso, eu agradeço

Vindo de família humilde
Começa a biografia
Postulado em sua fama
Crescendo dia após dia
Filho de agricultor
Fez-se gênio e doutor
No alvo da poesia

Agradeço a ocasião
Que tive para escrever
Sobre a biografia
De um ícone, a dizer
Nas páginas dessa cultura
Que se fez na criatura
De Bidim, até morrer

Até morrer, foi notável
E continua assim
Um simples vocabulário
Identifica Bidim
Consagrado na história
E registrado em memória
Um patrono para mim

É patrono para mim
Em amiúde e alegria
Pois com gesto, jeito e rima
Conquistou-me em simpatia
E agora com emoção
Vejo que minha atenção
É desmonte em poesia.

No cerne da poesia
Consagrou-se a perfeição
Ele fez versos rimados
Com a metrificação
Dando lição a poeta
Numa linguagem inquieta
É alvo de atenção.

Foi mestre dessa ação
Com pura simplicidade
Seu período de estudo
Não teve longevidade
Mas o pouco que estudou
A escrita o consagrou
E lhe deu posteridade

Embora sendo humilde
Muito fez a relutar
Com seu gesto de amor
Insistiu em trabalhar
E sua dignidade
Foi a maior vaidade
Que se ergueu no seu lar

Quão tamanha é minha honra
Em levantar a bandeira
Do meu ilustre poeta
Que fez versos de primeira
E deixou para a família
O posto na Academia
Por ser dono da Cadeira

O sertão sem sua LUA - 25 anos sem o Rei do Baião

Hoje, a morte de Luiz Gonzaga completa 25 anos. Mesmo duas décadas e meia depois, o Rei do Baião segue sendo o compositor que mais recebe direitos autorais em festas juninas segundo o Ecad (o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Segundo um release enviado hoje pela assessoria de imprensa do escritório, Luiz Gonzaga tem liderado esse ranking por anos consecutivos. A lista leva em consideração as músicas executadas publicamente nestes festejos desde o fim de maio até o início de agosto em todo o país.
Só no ano passado (2013), quase 5 mil artistas – entre autores, compositores, intérpretes e músicos – receberam mais de R$ 1,7 milhão de direitos autorais no segmento de festa junina. Ainda segundo o release, Luiz Gonzaga aparece na lista logo à frente de Sorocaba, Tato (Falamansa), Mario Zan, Palmeira e Zé Dantas. Os rankings são formados com base nas gravações realizadas pelo Ecad nos festejos juninos cujos organizadores realizaram o pagamento dos direitos autorais.
Abaixo a segunda parte do comunicado de hoje do Ecad. Confira também quais são as 25 músicas de Luiz Gonzaga mais executadas no país!
O respeito ao direito do autor permite que o artista continue motivado a criar novas obras, desenvolvendo a cadeia produtiva da música. É importante ressaltar que muitos composi­tores só recebem direitos autorais em épocas específi­cas como esta, visto que algumas músicas típicas não costumam tocar nas rádios e estabeleci­mentos no decorrer do ano. Rosinha Gonzaga, herdeira do “Rei do Baião”, destaca a importância do recolhimento do direito autoral para sua família: “Com suas músicas, meu pai fez o Nordeste ser conhecido em todo o Brasil, e o maior reconhecimento à importância do seu trabalho é o pagamento dos direitos autorais. Muitos não sabem que eu, como herdeira, recebo direitos autorais das músicas do meu pai até hoje”.
Segundo a Lei do Direito Autoral 9.610/98, a retribuição autoral deve ser feita sempre que músicas forem tocadas em locais de frequência coletiva, independentemente de o organizador do evento ser uma entidade pública ou sem fins lucrativos. Festas organizadas por prefeituras, escolas, igrejas, e associações, portanto, não estão isentas de pagar direitos autorais. A música é de propriedade daquele que a criou e, assim como são pagas as bebidas, comidas e a ornamentação para o sucesso da festa, o pagamento pela utilização da música também deve ser feito.
Para a gerente executiva de Marketing do Ecad, Bia Amaral, “as festas juninas são uma forte marca na cultura brasileira. Sem música, não há quadrilha, não há alegria, não há festa possível, por isso, nada mais justo que remunerar os talentosos artistas que fazem do ‘São João’ um dos eventos de maior importância na cultura popular desse país”, conclui.
As 25 músicas de Luiz Gonzaga mais executadas, segundo o Ecad! *

1 – Asa Branca – Humberto Teixeira/Gonzagão
2 – O Xote das Meninas – Zé Dantas/Gonzagão
3 – Numa Sala de Reboco – José Marcolino/Gonzagão
4 – Sabiá – Zé Dantas/Gonzagão
5 – Qui Nem Jiló – Humberto Teixeira/ Gonzagão
6 – Pagode Russo – João Silva/Gonzagão
7 – Riacho do Navio – Zé Dantas/Gonzagão
8 – Olha pro Céu – Gonzagão/Jose Fernandes De Carvalho
9 – A Vida do Viajante – Gonzagão/Herve Cordovil
10 – Forró no Escuro – Gonzagão
11 – Vem Morena – Zé Dantas/Gonzagão
12 – Baião – Humberto Teixeira/Gonzagão
13 – Assum Preto – Humberto Teixeira/Gonzagão
14 – Cintura Fina – Zé Dantas/Gonzagão
15 – Respeita Januário – Humberto Teixeira/Gonzagão
16 – Paraíba – Humberto Teixeira/Gonzagão
17 – Xote Ecológico – Aguinaldo Bat De Assis/Gonzagão
18 – No Meu Pé de Serra – Humberto Teixeira/Gonzagão
19 – São João na Roça – Zé Dantas/Gonzagão
20 – A volta da Asa Branca – Zé Dantas/Gonzagão
21 – Abc do Sertão – Zé Dantas/Gonzagão
22 – Pau de Arara – Gonzagão/Guio De Moraes
23 – Nem se Despediu de Mim – João Silva/Gonzagão
24 – Forró de Cabo a Rabo – João Silva/Gonzagão
25 – Fogo Sem Fuzil – José Marcolino/ Gonzagão

As 10 músicas mais tocadas nas festas juninas de 2013

1 – Festa na roça – Palmeira/Mario Zan
2 – Olha pro céu – Luiz Gonzaga/José Fernandes de Carvalho
3 – Pagode Russo – João Silva/Luiz Gonzaga
4 – O sanfoneiro só tocava Isso – Haroldo Lobo/Geraldo Medeiros
5 – Balada – Cassio Sampaio
6 – Quadrilha brasileira – Gerson Filho/José Maria de Aguiar Filho
7 – Asa branca – Humberto Teixeira/Luiz Gonzaga
8 – Isto é lá com Santo Antônio – Lamartine Babo
9 – Pula a fogueira – João Bastos Filho / Amor
10 – Humilde residência – Fernando/Luiz Henrique/Tiago Marcelo/Malcolm Lima

*Os rankings consideram as músicas captadas em festejos populares, escolas, eventos de igrejas etc.

FONTE