quinta-feira, 30 de abril de 2020

DOMINGO COM POESIA - Na visão de um poeta nordestino Em tudo tem algo para se falar.




Um telhado mesmo de telha velha e suja
Por ali muitos gato fez amor
E gata entre prazeres e dor
Ali fez muito barulho a dita cuja
E se o gato apertar quero que fuja
Para esta coisinha não engravidar
Pois se caso acontecer não vou criar
Para não me chamarem de morfino
Na visão de um poeta nordestino
Em tudo tem algo para se falar.

Dos gatos a lagartixa se livrando
Põe seus ovos em um buraco seguro
Gostando sempre de por ao pé do muro
Passa o dia insetos caçando
E sempre sempre ao seu buraco voltando
Para ver como o seu ninho estar
Se um gato quiser lhe abocanhar
Ela foge desse quê é duro destino
Na visão de um poeta nordestino
Em tudo tem algo para se falar.

Uma calçada com cerca de sete batentes     
Onde meninos e meninas iam brincar
Hoje por causa desse tal de celular
Não se ver mais brincadeiras tão decentes
Ficam só memórias remanescentes
De uma época onde vivíamos a brincar
E os joelhos nos batentes a ralar
Lá brincava era menina e menino
Na visão de um poeta nordestino
Em tudo tem algo para se falar.



Dois quadros simples em uma parede
Pior que água depois que mata a nossa sede
Parece também com uma tifanga de rede.
Que Já foi muito usada pra deitar
E agora nem se quer pra o chão limpar.
É sempre assim o refrão desse nosso hino




Na visão de um poeta nordestino
Em tudo tem algo para se falar.


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