segunda-feira, 4 de novembro de 2013

AJUDA PARA AS MÃES DE PRIMEIRA VIAGEM

Clarinha filha da minha amiga Cris Lima

Quando uma mulher engravida do primeiro filho, se vê diante de um maremoto de sensações. Mesmo que tente remar contra a maré, não adianta.
Dúvidas, temores, alegrias, inseguranças e questionamentos tomam conta de sua cabeça. Não seria ótimo ter uma capitã que esclarecesse os mitos da gravidez do primogênito, transformando a grande onda em marola? Pois saiba que tem mães por aí prontas a dividir o que sabem com você.
O projeto idealizado pela pedagoga Olívia Bernardes tem como objetivo ajudar e dar dicas para quem ainda será mamãe e o nome dele remete ao público que deseja alcançar: Marinheiras de Primeira. Mãe de três filhos, Olívia conta que quando engravidou pela primeira vez, fez um curso específico para grávidas que ajudou muito. A partir da própria experiência, e seguindo as orientações do pediatra e do obstetra, Olívia tirou inspiração para desenvolver seu próprio curso e dividir o conhecimento.
Segundo ela, as pessoas têm uma idéia equivocada sobre a gravidez e criam uma realidade inexistente. Existem aqueles que dizem que a gravidez é uma tragédia. Outros falam que é um conto de fadas. Na verdade, a gravidez tem um pouco de tudo. “Quando a mulher fica grávida é tomada por uma série de emoções, tudo ao mesmo tempo. Tem horas que você está super feliz e depois fica triste do nada, varia muito”, conta.
Olívia conta que durante os seis anos à frente do curso “Marinheiras de Primeira”, descobriu muitas similaridades entre as mulheres. “Elas morrem de medo do parto, ficam inseguras quando pensam que terão que amamentar e se questionam se serão boas mães”. Quando se depara com essa situação, a “capitã” é bem objetiva. “Tento acalmá-las e falo que não é sempre que a mãe consegue fazer o bebê parar de chorar. Também digo que a amamentação pode variar de uma mulher para outra e o parto não é tão assustador assim”.
Outra questão que assombra a vida das mulheres diz respeitos à vida sexual. “Sempre abordo esse assunto no curso. À medida que elas se sentem mais a vontade, contam as experiências. Algumas sentem mais libido, outras não”, declara. Ela ressalta que mais do que ter desejo, é importante a mulher saber se está tudo bem com sua gravidez e se o médico permite que ela tenha relações sexuais. “Na maioria das vezes, elas conseguem ter uma vida sexual normal, dentro das possibilidades de uma mulher grávida”, esclarece.
Além da variação do desejo sexual, as mamães também acham que seus companheiros não as enxergam mais como mulheres - e sim como apenas mães. Diante dessa afirmação, Olívia se posiciona: “é importante que as mulheres entendam que a gravidez é uma condição provisória na vida. E não deve ser sinônimo de baixa auto-estima”. Ela fala sobre isso com os maridos e namorados, na última aula do curso, quando eles têm a oportunidade de assistir à aula.
O curso não serve apenas para as futuras mamães, mas também para os futuros pais. A pedagoga conta que, diferente do que muitos pensam, eles também têm inseguranças e questionamentos quanto à gravidez. Uma das principais dúvidas que os pais têm é sobre qual é a sua importância. “As mães tendem a adotar uma postura de leoa e não deixam os maridos cuidarem do filho. Quando recebo a visita dos pais, explico que eles são extremamente importantes e podem executar as tarefas com sucesso”.
Depois que a mãe dá a luz existe outra situação que precisa aprender a lidar: as visitas. Receber amigos e familiares na maternidade é um assunto delicado e Olívia não aconselha que muitas pessoas visitem o quarto. “Visitas são ótimas, mas não é bom ficar recebendo muitas pessoas. A maternidade é um lugar em que não se pode fazer bagunça e muitas vezes, a mãe ainda não está em condição”, afirma. Ela diz que o melhor é fazer alguma coisa em casa, depois de um mês, para apresentar o bebê aos amigos.
Quem quiser se tornar uma mamãe bem informada, pode se inscrever no curso de Olívia pelo site www.marinheiradeprimeira.com. O curso tem duração de cinco aulas, cada uma com três horas, e custa R$500. Atualmente, Olivia intercala as aulas entre o Rio de Janeiro e São Paulo.

A fundadora do curso encerra a entrevista dizendo que não existe certo e errado quando o assunto é ser mãe. “Seu filho nunca teve outra mãe. Você sempre vai ser a melhor, só precisa fazer as coisas com amor, sempre dá tudo certo”, fala. Quando o assunto diz respeito ao primeiro filho, as marinheiras de primeira viagem sempre estão no mesmo barco.

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