Banheiro
masculino e banheiro feminino são comuns de serem encontrados em vários tipos
de estabelecimento. Mas um banheiro para a comunidade de lésbicas, gays,
bissexuais e transsexuais (LGBT) já não é muito comum. Alguns desse grupo,
aprovaram a ideia, exemplo da travesti Karina Karão, banheiro exclusivo é um
alívio. “Tem coisas que a gente quer fazer em um banheiro masculino, ou
feminino, e não se sente a vontade. Um banheiro gay vai ser maravilhoso, porque
a gente vai poder fazer o que a gente quiser”, enfatiza Karina. “Nós queremos transformar este banheiro de
homossexuais em um grande camarim para nós, homossexuais, e mais ainda para
travestis e transformistas”, ressalta Edu Saad, que é coreógrafo da Unidos da
Tijuca.
Já
para ativistas outros do movimento, como o estilista Carlos Tufvesson,
militante gay e frequentador da Unidos da Tijuca, banheiro exclusivo para
homossexuais é discriminatório. “Nós lutamos pela inclusão. Nós lutamos por
direitos civis iguais, o meu e o seu. O fato de eu ser homossexual não pode me
tirar direitos civis que eu tenho como cidadão brasileiro”, afirma ele.
Outro
que posiciona-se contra é o superintendente de Direitos Individuais Coletivos e
Difusos da Secretaria de estado de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio
de Janeiro, Cláudio Nascimento, ele acredita que o banheiro seja um estímulo
disfarçado de homofobia. “Se a intenção não foi discriminar, a consequência
disso gera um efeito concreto de segregação e de discriminação”, analisa
Nascimento, que também é presidente do Conselho estadual dos Direitos da
População LGBT do Rio de Janeiro e coordenador do programa Rio sem Homofobia.
Em
alguns estados, há em apreciação projetos de Leis que visam a criação dos
banheiros LGBT, fato muito criticado pela comunidade. Um destes surgiu depois da
polêmica proibição sofrida pelo cartunista Laerte Coutinho, que usa roupas de
mulher, de utilizar o banheiro feminino. O artista de 60 anos foi advertido por
um dos sócios de uma padaria na Zona Oeste de São Paulo, após uma mulher com
uma criança reclamar da sua presença no banheiro feminino. O relato foi feito
por Laerte em seu Twitter. Para Apolinário, a presença de travestis em
banheiros femininos causa "constrangimento", e a existência de um
banheiro unissex pode assegurar ao público homossexual e a quem mais quiser
utilizar um banheiro sem preocupações. O projeto de autoria do vereador Carlos
Apolinário diz acreditar que o projeto é benéfico para o público homossexual e
que deve receber apoio.
O debate estar aberto. Você é a favor ou contra?
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