O Jornal Diário de
Pernambuco é o jornal que ostenta com orgulho a marca de ser o mais antigo em
circulação na América Latina. Tudo fruto de um empreendedor que foi companheiro
de letras e dos ideais de frei Caneca e de outros integrantes da Confederação
do Equador.
Antonino José de Miranda
Falcão tinha 27 anos de idade quando lançou o Diário de Pernambuco nas ruas, no
dia 7 de novembro de 1825. Impressa em prelo rudimentar de madeira, a pequena
folha de quatro páginas trazia 38 anúncios. Em pouco tempo, o jornal cresceu e
a publicidade deu lugar à notícia.
Das novidades vindas a
cavalo ou de navio, com consideráveis semanas de atraso, passou a publicar
informações quase em tempo real de agências estrangeiras vindas por telegrama.
Já no século 20, a modernidade se impôs, com os teletipos, as radiofotos, as
imagens em cores via satélite e, por último, a internet.
Em seus 190 anos, o Diário
de Pernambuco registrou momentos decisivos da nossa história. No campo da
política, passamos do Império à República, enfrentamos ditaduras e festejamos a
volta da democracia. Também acompanhou as demandas populares e divulgando os
resultados das urnas, mas não se limitou à festa da posse: cobrara dos eleitos
um mandato de compromisso.
Nestes 190 anos, foram
produzidas mais de 61 mil edições que consumiram quilômetros de papel,
toneladas de tintas e muito suor. Resultado do trabalho de centenas de
repórteres, fotógrafos, diagramadores, ilustradores, gráficos, motoristas, a
parte comercial, todo o pessoal de apoio neste mundo que é a redação.
Jornalistas, articulistas,
escritores, através das páginas do Diário, foram responsáveis pela formação
intelectual de gerações e gerações de pernambucanos. Suas palavras, primeiro
foram escritas em bico de pena, depois em máquinas de escrever e agora em
teclados de computador. Mas a evolução não para.
Migrando aos poucos para
uma nova fase, onde a tela responde ao toque. Continua se adaptando aos novos
tempos, mas sem perder a sua principal marca. Neste mundo cada vez mais
globalizado, será sempre a voz de Pernambuco, com orgulho. Porque se o maior
tesouro de um povo é a sua própria história, nós sempre teremos muito para
contar.
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