Um terreiro igual ao céu
de tão limpo
Uma calçada com dois
batentes somente
Um senhor bem sentado em
sua frente
Parecendo adorar ao deus
do Olímpo
Seu coração parecendo um
garimpo
Onde quem, lhes garimpa é a sua
mente
Voltando ao tempo onde a
criança somente
Entende o quê da realeza
da natura
Onde o Deus se une a sua
criatura
E somente quem tem
sabedoria sente
Uma calçada bem varrida que gosto dar
E a criançada todo o dia nela brinca
Mas quando o sol de
vermelho o céu pinta
Elas já param tomam banho
e vão jantar
Seu Mauricio em seu banco
vai sentar
Para ao surgir das estrelas ir contemplando
Em suas mãos vai um terço
deslizando
Pois está sabendo que ali
já se finda mais um dia
Vais contemplando e
rezando a Ave Maria
Na hora Angelus o seu
terço vai rezando
As galinhas de abrigo a
procura
Depois de terem ciscado o
inteiro
Atendendo ao galo rei do
terreiro
Pois são tementes a ele
por sua bravura
Vai subindo cada qual a
sua altura
Vão aos galhos dos pés de
pinha do oitão
E a lua majestosa aparece
então
Clareando o nosso sertão
inteiro
Seu Mauricio se levanta e
vai ao terreiro
E ao nascente pergunta se
tem inverno ou não
Junto à calçada um balde é
um jarro improvisado
Onde Dona Djanira cultiva
um pé de nove hora
“Carlo Mauricio bota essas
galinhas pra fora”
“Eu já falei e cuide que
já ta avisado”
Balcão de coentro em um giral
improvisado
O gato mia atrás de leite
na cozinha
Atrás da casa escuta o
grito da vizinha
Com Louvado seja nosso
senhor Jesus Cristo
Parece que tudo isto eu tinha
era visto
Mas isso é obra apenas
dessa mente minha
V. Alegre 04-04-2020
Claudio Sousa
Que coisa linda!!! Tia Djanira e Tio Maurício, casal lindo que constituiu uma das mais belas e unidas família.
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