quinta-feira, 1 de setembro de 2022

QUANDO O PARQUE VAI EMBORA.


O parque traz alegria
Para a nossa meninada,
Mas a tristeza é danada
Quando chega o último dia.
É criança com agonia
A filha do Cláudio chora,
Porque foi chegada a hora
Do parque em outra cidade.
Fica somente a saudade
QUANDO  O  PARQUE  VAI  EMBORA.
 
O parque vai carregando
Canoa e roda gigante,
Carrosel, auto-falante
Para voltar não sei quando.
Criança fica chorando
E a saudade piora,
Porque sabe da demora
Para o parque retornar.
Mas tem que se conformar
QUANDO  O  PARQUE  VAI  EMBORA.
 
O parque veio animar
A festa de São Raimundo,
Mas deixa um pesar profundo
Na hora de arribar.
Fica moça a lamentar
Junta com a curriola,
E o povo que vem de fora
Concorda com a moçada.
A cidade é torturada
QUANDO  O  PARQUE  VAI EMBORA.
 
Os meninos vão sonhar
Com o parque instalado,
Mas ele já foi montado
Em um distante lugar.
Eles vão ter que esperar
Mas não vai ser logo agora,
Ele fica um tempo fora
Só vem na festa de agosto,
Pra causar outro desgosto
QUANDO  O  PARQUE  VAI  EMBORA.
 
O dia da despedida
É primeiro de setembro,
Ainda hoje me lembro
Como era triste a partida.
O momento da saída
Era mesmo um bota-fora,
Só o Cláudio comemora
Por questão de economia
Que não gasta a mixaria
QUANDO  O  PARQUE  VAI  EMBORA.

Poeta Mundim do Vale.




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