sexta-feira, 8 de março de 2024

NESTE 08 DE MARÇO RELEMBREMOS UM GRANDE FEITO DE UMA GRANDE MULHER

 


No dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. A data celebra as muitas conquistas femininas ao longo dos últimos séculos, mas também serve como um alerta sobre os graves problemas de gênero que persistem em todo o mundo.
 
É neste de março, em que se intensifica a luta feminina na busca de mais reconhecimento e igualdade social, e este não poderia passar sem que seja relembrado o feito histórico da cearense Auri Moura Costa, primeira juíza do país, nomeada em um período marcado pelo predomínio masculino na magistratura. Ela quebrou as barreiras do preconceito e abriu caminhos para outras mulheres, mas, antes, foi vítima de especulações dando conta de que sua nomeação só ocorreu porque o nome Auri teria sido percebido, erroneamente, como masculino.
 
Deixando as controvérsias de lado, a realidade é que o Ceará tem o pioneirismo de ser o Estado com a primeira mulher a conquistar o feito. Isso ocorreu em 31 de maio de 1939, quando Auri Moura Costa, natural de Redenção, foi nomeada para o cargo pelo interventor.
 
O documento histórico, obtido com exclusividade pela Assessoria de Comunicação junto à Secretaria de Gestão de Pessoas do Judiciário, está nos arquivos do Diário Oficial e registra a nomeação da bacharela para o cargo de juiz municipal do Termo de Várzea Alegre, pertencente à então Comarca de Lavras. O texto está na parte destinada à Secretaria de Estado dos Negócios do Interior e da Justiça, publicado na sexta-feira, 9 de junho daquele ano.
 
Esse dado contradiz a versão do nome “masculino” e reforça que ela ultrapassou barreiras pelos próprios méritos. Ao longo da carreira, a magistrada avançou nas conquistas. Tornou-se a primeira juíza a se tornar desembargadora do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), presidiu o Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE/CE) e foi vice-presidente do TJCE e diretora do Fórum Clóvis Beviláqua.
 
Nasceu no município de Redenção, o primeiro na libertação dos escravos no país. Sendo este também o berço da mulher que rompeu preconceitos e abriu caminhos para as demais.
 
Nascida  em 30 de agosto de 1911
Faleceu em 12 de julho de 1991.

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