segunda-feira, 4 de julho de 2016

Prefeito de Itapajé é preso por 'tumultuar provas' de operação


O prefeito de Itapajé, no interior do Ceará, Ciro Mesquita da Silva Braga e o vereador da cidade Idervaldo Rodrigues Rocha foram presos nesta segunda-feira (4) por "tumultuar as provas" da operação "Frade de Pedra". A operação do Ministério Público Estadual do Ceará (MPCE) investiga fraude de processo legislativo que tramitou em 2013, quando o vereador era presidente da Câmara Municipal de Itapajé.
Procurado pelo G1, o procurador de Itapajé, Adriano Rodrigues Fonseca, afirmou que o caso corre em segredo de Justiça e que por isso não pode comentar as prisões e as denúncias.
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De acordo com o MPCE, em 2013, foi alterado um projeto de lei para autorizar a locação de um galpão onde foi instalada uma indústria de calçados. Além disso, são averiguadas irregularidades na licitação para reforma do local.
Na primeira fase da operação "Frade de Pedra" houve a quebra de sigilos bancário e fiscal dos investigados, revelando sérios indícios de participação em esquema de apropriação de recursos públicos e lavagem de dinheiro, além de crimes contra a ordem tributária.
Afastamento do cargo
Na decisão, a desembargadora Lígia Andrade de Alencar Magalhães determinou o afastamento do prefeito e do vereador por tempo indeterminado. A coordenadora da Procap, vice-procuradora-geral de Justiça Vanja Fontenele, explica que os pedidos de afastamento e de prisão preventiva foram necessários, "diante do fato dos dois estarem tentando tumultuar as provas".
"Comprovamos que alguns vereadores foram abordados para que manipulassem as provas em favor do prefeito e o vereador. Porém temos a ata e a gravação da sessão na Câmara que comprovam o crime cometido", afirma Vanja Fontenele.
Denúncias
O prefeito e o vereador são acusados pela Procap dos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informação, fraude em procedimento licitatório, extravio de documento e peculato.

Participaram da operação, que contou com o apoio de policiais civis do Departamento de Inteligência Policial (DIP) e da Delegacia Regional de Itapipoca, os assessores da Procap, promotores de Justiça Guilherme de Lima Soares e Ronald Fontenele Rocha

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