De abril que é o mês
Por Seu Raimundo Meneses
Várzea alegre se comove
No meu relato comprove
Que era um bom cidadão
Um bom pai um bom irmão
É o que ver-se comentando
Meu pai deve está lhes
dando
Um forte aperto de mão
Papai era de vinte e nove
Seu Raimundo de trinta e
dois
Um foi antes outro depois
Se não chover hoje amanha
chove
Pois até o céu se comove
Quando morre um cidadão
É uma consternação
O povo todo lamentando
Meu pai deve está lhes
dando
Um forte aperto de mão
O meu pai partiu primeiro
Minha mãe depois quatro
meses
E seu Raimundo de Menezes
Fez sua vez por derradeiro
Ninguém sabe o paradeiro
Nem a imaginação
O tamanho da dimensão
Ninguém dirá calculando
Meu pai deve está lhes
dando
Um forte aperto de mão
Eram dois fortes amigos
Sendo os dois respeitados
Ambos nascidos e criados
Sem enfrentarem castigos
Sem passarem por perigos
Sem fazerem danação
Pois aqui nesse torrão
Todos estão acreditando
Meu pai deve está lhes
dando
Um forte aperto de mão
Seja bem vindo Raimundo
Meu pai lá na eternidade
Como deixou a cidade?
O inverno está fecundo?
E o restante do mundo?
O pelo menos a nação
Não vai bem não meu irmão
Mas a lava jato tá lavando
Meu pai deve está lhes
dando
Um forte aperto de mão
Todos dois eram
respeitados
Meu e seu Raimundo Menezes
Um possuir de rezes
Deixou aos filhos vários gados
Meu pai não foi de
desagrados
Não deixou riqueza não
Mas da sua herança a razão
Vai fazer um memorando
Meu pai deve está lhes
dando
Um forte aperto de mão
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