A Justiça do Rio de Janeiro
anulou as eleições no Clube de Regatas Vasco da Gama. A decisão é da juíza
Glória Heloiza Lima da Silva, da 28ª Vara Cível da Capital.
O pleito foi realizado no dia
7 de novembro de 2017, e escolheu os membros do Conselho Deliberativo que, em
janeiro de 2018, elegeram o presidente do clube, Alexandre Campelo.
A ação foi movida pelo sócio
Alan Balaciano, que denunciou fraude na captação de votos dos associados. A
juíza também estabeleceu a data de 8 de dezembro para realização de nova
eleição para o Conselho Deliberativo, e o dia 17 de dezembro, para eleição do
novo presidente.
Na decisão, a magistrada
destacou que foi constatada a existência de reais evidências de que as demais
urnas que compuseram o processo eleitoral contabilizaram votos viciados de
sócios que não estavam habilitados para votar, seja pelo atraso no pagamento de
suas mensalidades, seja por sequer serem realmente sócios, apresentando
declarações falsas de filiação, identificadas na perícia realizada pelo Instituto
de Criminalística Carlos Éboli.
“Por tudo o que foi exposto,
consideradas as gravíssimas denúncias relatadas na petição inicial que se
encontram devidamente comprovadas na farta documentação que instrui a petição
inicial, nas decisões deste Poder Judiciário fluminense, que reconheceram e
afirmaram a ocorrência de fraudes no processo eleitoral do Clube de Regatas
Vasco da Gama, a anulação das eleições, com todos os transtornos que possa
ocasionar, é medida salutar, saneadora e imperativa, nos termos do estatuto do
Clube de Regatas Vasco da Gama. A fim de restaurar a ordem social e jurídica
dos litigantes, servindo de exemplo para toda a sociedade”, decidiu a juíza.
Na decisão, ela também acenou
com a possibilidade de mediação entre as partes. O clube tem prazo de 15 dias
para contestação.
Por Douglas Corrêa - Repórter
da Agência Brasil Rio de Janeiro
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