sexta-feira, 2 de agosto de 2019

PORQUE NÃO ESTOU INDO A VELÓRIOS


A experiência de perder alguém por si só já é profundamente traumática — sobretudo quando a pessoa não consegue passar pelo processo de luto (que tem a ver com assimilar, aceitar e fazer as pazes com a perda, o que leva tempo).

Ir a velórios pode ser uma situação que se associa intensamente a esse luto não cicatrizado, especialmente por se dar num momento tão recente em relação à perda. Não é nada fácil observar familiares de pessoas queridas deitadas sem vida dentro de um caixão, e estes a sofrer pela irreparavél perda. Em algumas culturas, a pessoa é velada com um caixão fechado (com uma foto da pessoa em seus tempos de ouro) para evitar justamente isso.

Cada experiência é vivida por cada pessoa de uma maneira singular. Isso significa dizer que comparecer a velórios pode ser ok para alguns, e terrível para outros. Depende do histórico de vida da pessoa, das circunstâncias do velório e de muitos outros fatores. Quando a experiência é aversiva demais para alguém, esta pessoa pode desenvolver comportamentos de fuga e esquiva, evitando colocar-se em situações semelhantes — para evitar a dor também.

Por Régis Cardoso, formado em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná (2022)

=============================================
A mim ocorrera após a morte dos meus pais, fato acontecido, no espaço de três meses de um paro outro no ano de 2015. Quatro anos após não consegui ir a nem um velório, a real causa dessa tomada de atitude ainda é obscura para mim. Sei que algo a mim impede de toma-la. Já foram vários em que eu tinha a humana obrigação de está presente visto ter fortes ligações, familiares ou de amizades e ou de conhecimento com alguém ligado. E Não o fiz. Dentre estes tenho em minha lembrança três vizinhos, seu Burrego, pai de Valmir do cartório, Seu caetano da Caiana, pai do meu amigo pedreiro Cassiano, e Sargento Assis esposo da minha amiga Professora Lenier. O meu primo legítimo Vicente de Tia Nanana, irmão do ex- vereador Luiz do Conselho. Os de forte laços de amizades , Evá aboiador, o Sanfoneiro Chico Araújo, o também sanfoneiro João Pinheiro e o amigo Mirô. Ainda o da amiga Regina esposa do companheiro de radio Luiz Fernandes e o da pessoa do Sr Luiz Ferreira irmão do companheiro de radio Marco Filho. E agora me vejo na obrigação de compartilhar da dor dos amigos Cicero e Joedson, Nayanne e Joelma, além da Neta Bel a qual é muito amiga da minha filha. Toinha era uma das mais antigas moradoras da nossa Rua Dez de Novembro, tinha ótimo relacionamento com todos especialmente com a minha mãe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário