DESPEDIDA DE LINDOMAR CASTILHO: O REI DO BOLERO E UMA HISTÓRIA DE LUZ E SOMBRA
Faleceu
neste sábado dia 20, aos 85 anos, o cantor e compositor Lindomar Castilho.
Ícone das décadas de 70 e 80, o goiano ficou conhecido como o “Rei do Bolero”,
imortalizando sucessos que fazem parte da memória afetiva do Brasil, como “Você
é Doida Demais” e “Eu Amo a Sua Mãe”.
Sua
trajetória, no entanto, foi atravessada por uma tragédia que chocou o país em
1981: o assassinato de sua ex-esposa, a cantora Eliane de Grammont. O crime
interrompeu carreiras e mudou para sempre o destino de sua família.
Neste
sábado, sua filha, Lili de Grammont, compartilhou uma reflexão profunda e
corajosa sobre a partida do pai. Em suas palavras, ela destacou a complexidade
de lidar com essa dualidade:
“O
homem que mata também morre. Morre o pai e nasce um assassino, morre uma
família inteira... Se eu perdoei? Essa resposta não é simples como um sim ou
não, ela envolve tudo e todas as camadas das dores e delícias de ser.”
Lili
encerrou sua despedida desejando que a alma do pai encontre cura e que sua
“masculinidade tóxica tenha sido transformada”, nos lembrando que somos seres
inacabados em busca de evolução.
Fica
o registro de uma voz marcante da nossa música e o convite à reflexão sobre os
erros e a busca por redenção. Nossos sentimentos aos familiares e amigos.
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