sábado, 26 de março de 2011

CHICO DE AMADEU EM VERSOS


Se estivesse entre nós
Setenta e sete hoje faria
Ainda escuto a sua voz
Que nos trouxe tanta alegria
Nascido em trinta e quatro
E seu pai quase beato
Chamado seu Amadeu
Uma boa instrução
Dentro da religião
Desde cedo ele lhes deu

Filho de Seu Amadeu Siebra
E também de Dona Santa
Desde cedo sua mãe
Encobrindo em uma manta
Lhes levava pra igreja
Era sempre essa peleja
Para o filho catequizar
E Chico ia satisfeito
Mas o que ele fez direito
Foi aprender a tocar

Foi assim mesmo observando
Dona Luizinha Norões
Que o nosso Chico aprendeu
Suas primeiras lições
Na igreja tinha uma harmônica
Que dona Luizinha afônica
Tocava mas não cantava
Chico de Amadeu ensaiou
Pediu pra tocar e encantou
Quem ali presenciava

E dali foi só um passo
Para a sanfona encontrar
Quando estava num forró
Vicente Leandro a tocar
Uma parte ele tocou
E todo povão gostou
Alguém dizia mais uma
Ele tocou Asa Branca
Essa musica que a tanta
Gente, a ela acostuma

A sua primeira sanfona
Veio do Rio Grande do Sul
Era vermelha com branca
Não tinha nada de azul
Partido que seu pai gostava
Nele sempre trabalhava
Na festa de São Vicente
Chico se botou tocar
Aqui no nosso lugar
E em terra adjacente

Ensaiou bem e aprendeu
Tocar saudade de matão
Executava linda brejeira
Com a alma e o coração
E outras que o povão gosta
Na Casa de Manoel Costa
Foi sua primeira festa
Pois ele foi vencedor
Pra o cargo de vereador
Muita gente dançou nesta

E a fora do município?
Foi pras banda do Quixadá
Na Ceará Radio Clube
Também apresentou-se lá
De João Satiro o casamento
Ninguém viu um só lamento
Por lá só teve alegrias
Pois ali ninguém protesta
Foi a sua maior festa
Foi duas noites e dois dias

"Deusa" e "Chegou Chegou
A festa de São Raimundo"
Nessas suas duas musicas
Foi muito mais que profundo
Em Deusa estar a paixão
Em São Raimundo a devoção
Desde cedo devotada
O seu pai aconselhou
Sua mãe lhes ensinou
A religião amada

Trabalhando na saúde
Foi servido do estado
Duas vezes vereador
Teve seu nome aclamado
Não foi somente por sorte
E de Antonina do norte
Teve título de cidadão
E em Nobres Matogrosso
Seu nome foi um colosso
Lá naquela região.

Várzea Alegre sente a falta
Desse homem fenomenal
O forro do CSU
E o recreio social
Sua falta é verdadeira
Em sua voz linda brejeira
É melhor que com Gonzagão
Não to sendo pretensioso
Mas seu timbre melodioso
Está no meu coração.

O seu nome em uma praça
Várzea alegre vai colocar
Mas era muito bom se povo
Não quisesse apelidar
A praça com outro nome
Que homenageado se some
Não somente eu lamento
E falo sem brincadeira
Que a praça Padre Vieira
Hoje é praça do jumento.

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