quarta-feira, 4 de maio de 2011

Medo - Sávio Pinheiro

O medo é um temor que eu temo tanto,
O qual me dá terror quando há tormento,
E usando o meu mais triste sentimento
Conduzo o meu cantar a um triste canto.

Sentindo uma agonia, eu me levanto
Com medo de viver um vão momento,
E vendo o meu pavor soprar ao vento
Eu colho uma aflição da qual me espanto.

Da morte, que é fatal, não sinto medo!
Nem mesmo, ela chegando bem mais cedo,
Pois vejo, o fim da vida, algo banal.

Porém, da dor insana, mais frequente!
Eu sinto um medo forte, internamente,
Um medo quase fora do normal.

Um comentário:

  1. Do medo não tenho medo
    Pois o medo dá azar
    Temo o que faz o medo,
    Um medo de me pelar;

    A morte, o que é a morte?
    Uma transição entre dois mundos
    De tal forma que todos temos a sorte
    De trocar um pelo outro em segundos;

    A dor, Essa intimida qualquer sujeito;
    Faz vibrar mais forte o coração no peito
    Tens razão nobre poeta, é dor insana;

    Nos faz tremer nas previsões mais tétricas
    Nos conduz a pensamentos até proféticos
    Invadindo-nos, comete sacrilégio e nos profana.

    Vicente Almeida

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