sexta-feira, 23 de março de 2012

ASSALARIADOS E ASSALARIADAS RURAIS EM BRASILIA



Durante toda a manhã desta terça-feira (20 de março), cerca de 5 mil assalariados e assalariadas rurais de todo o país fizeram uma forte ação em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
A abertura política contou com a presença da diretoria da CONTAG, das federações e sindicatos, além de representantes da União Internacional dos Trabalhadores na Agricultura e Alimentação (Uita), do Sindicato Nacional de Auditores Fiscais (Sinait) e de parlamentares.  
Todas as lideranças pressionaram o MTE a garantir políticas públicas aos assalariados e assalariadas rurais, mesmo os contratados por tempo determinado, como o seguro-desemprego, PIS e jornada de 40 horas semanais. "Também reivindicamos a agilidade na concessão dos registros sindicais, a qualificação para 400 mil assalariados e assalariadas rurais e a limitação do trabalho em atividades rurais extenuantes e desgastantes", completa o secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais, Antonio Lucas.
O presidente da CONTAG, Alberto Broch, saudou as delegações de trabalhadores de todo o país e elogiou a realização da primeira mobilização nacional específica desse público, que está perdendo o emprego para a mecanização no campo. "Somente no setor sucroalcooleiro, mais de 80 mil postos de trabalho foram extintos entre 2007 e 2010", divulga o sindicalista.
Os dirigente da confederação e das federações também alertaram ao grupo presente e aos veículos de comunicação o alto índice de informalidade nas relações de trabalho no campo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2009, dos 4,8 milhões de trabalhadores e trabalhadoras rurais assalariados no Brasil, 64,9% encontram-se em situação informal. "Nesses casos, o trabalhador e a trabalhadora informais não têm direito a aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte, férias, seguro-desemprego, dentre outros direitos, além de serem expostos, em muitas situações, a trabalho análogo ao de escravo", denuncia Lucas.  

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