A demanda doméstica por passagens aéreas cresceu 1,7% em junho deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira, 23, pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne os dados das principais companhias aéreas brasileiras (TAM, Gol, Azul e Avianca). Com isso, no acumulado do ano, a demanda registra alta de 3,8%.
A oferta apresentou expansão no mês passado de 2,5% em relação ao mesmo período de 2014. Com isso, a taxa de ocupação teve queda de 0,6 ponto porcentual (p.p.), para 77,9%. Nos seis primeiros meses do ano, a capacidade teve expansão de 2,8%, levando a taxa de ocupação a avançar 0,7 p.p., para 80%.
No total, as empresas aéreas brasileiras embarcaram em junho 7,6 milhões de passageiros, o que corresponde a um aumento de 6% ante mesmo período do ano anterior. No ano, o volume transportado alcança 47,1 milhões de passageiros, alta de 3,3%.
O consultor técnico da Abear Maurício Emboaba destacou que, apesar da queda na taxa de ocupação em junho, o aproveitamento continua bom. Segundo o executivo, os aviões ainda estão bem ocupados e a indústria tem se mostrado eficiente. Ele explicou, no entanto, que já é possível ver um abatimento na curva de crescimento de demanda, repercutindo a situação econômica do País.
Em termos de participação de mercado, medida pela demanda por RPK (passageiro-quilômetro transportado), a TAM voltou a aparecer na liderança em junho, com 37,02%, superando a Gol, com 36,70%. Em seguida vem a Azul, com 17,12%, e Avianca, com 9,16%.
Internacional
No mercado internacional, a demanda cresceu 11,6% em junho frente ao mesmo mês do ano passado. Já a oferta foi ampliada 12,3%, levando a taxa de ocupação a baixar 0,5 ponto porcentual, para 80,9%.
No segmento, a TAM ficou com 81,15% do mercado, enquanto a Gol ficou com 12,40%. Azul chegou a 6,40%, enquanto a Avianca teve participação inferior a 1%. No segmento, as empresas brasileiras embarcaram juntas 560 mil passageiros em junho, alta de 13,6%.
De acordo com o consultor, a oferta e a demanda continuam altas no segmento. Ele explicou que a dinâmica é um pouco diferente do mercado nacional, uma vez que as decisões de viagens internacionais são mais antecipadas que em domésticas, levando mais tempo para sentir uma desaceleração.
No semestre, a demanda cresceu 13,1% e a oferta teve elevação de 13,6%. A taxa de ocupação teve retração de 0,4 ponto porcentual, para 80,5%. O total de passageiros transportados somou 3,5 milhões, em expansão de 15,1% sobre os primeiros seis meses do ano passado.