Faleceu na noite deste sábado 14, na capital Fortaleza aos 66 anos, o Poeta Antonio Gomes
Sobrinho(Antonio Rosendo) Poeta Violeiro e cordelista.
Poeta amante do sertão, sobretudo
das suas coisas e do seu povo. Era defensor e exímio desenvolvedor do verso de
improviso, talvez por conta disso não tenha deixado muitos trabalhos escritos. Era
bastante conhecido no meio cultura por participar de diversos festivais de
violeiros em toda região. Sendo do meu conhecimento, Ele foi campeão, duplado
com o Poeta Expedito Pinheiro, do festival em São Julião no Piauí em julho de
2006. Com Expedito, por bastante tempo dividiu bancada do Programa Violas que o
Povo Quer veiculado na radio Cultura quando ainda AM agora 96.3, endo também feito parceria com o Poeta Cícero Oliveira com o Programa Violas na Cultura.
Em uma sexta feira, 31 de
janeiro de 2014, estive com ele em grande cantoria na residência do senhor Zé
de Ouriço no Sítio Riacho do Meio dos Bilicas – Cariús onde apresentavam-se a
dupla de cantadores Geraldo Amâncio e Moacir Laurentino. Uma noitada de viola e
de repente, com versos bem explanados os Poetas Geraldo Amâncio e Moacir
Laurentino atendia com muita propriedade poética aos presentes, a Exemplo do
Mote “Poeta cante o maltrato que a seca fez do sertão”.
Nisto o poeta Rosendo, presente
como expectador sussurrou baixinho só pra mim no que aproveitei e gravei com o
celular a décima a seguir.
Fazendeiro não suporta
Ver o seu gado morrendo
Se está em casa é tremendo
Se sai soluça na porta
Se encontra uma vaca morta
Bota o chocalho na mão
E pra sua recordação
Tira da reis um retrato
Poeta cante o maltrato
Que a seca fez do sertão
Antonio Rosendo
Antonio
Gomes Sobrinho(Antonio Rosendo) Poeta Violeiro e cordelista, nascido e 04 12
1953 – nascido no sitio volta Município de Cariús, filho de Manoel Gomes de
Holanda e de Maria Isabel da Conceição. Tendo estudado apenas até o 4º ano
primário, iniciou-se na poesia aos 18 anos, tendo recebido em sua iniciação o
valoroso incentivo do Poeta Antonio de Freitas com o qual iniciou cantando. Vindo
morar em Várzea Alegre no ano 1983, casado com a senhora Gessina de Carvalho
Oliveira Gomes com quem construiu uma prole de 4 filhos, Gecivanio, Débora, Gecineide
e Gedeão.
A lagoa é patrimônio
De São Raimundo Nonato
Aproveite a cada instante
Vindo a nossa terra boa
Olhe pra nossa lagoa
A qual é muito importante
De um lado fica a vazante
Se ver um pouco de mato
Estar num lugar exato
Próximo a Praça Santo
Antonio
A lagoa é patrimônio
De São Raimundo Nonato
Ela fica situada
Neste chão que me
acorrenta
Da CE zero sessenta
Quase toda rodeada
Estar sempre abençoada
Segura como um contrato
Sua forma é o retrato
Da criança e do idôneo
A lagoa é patrimônio
De São Raimundo Nonato
Fico a lhes admirar
Olhando sua beleza
Obra que a natureza
Resolveu presentear
Situada em um lugar
Merecedor de um trato
Quem lhes ver sente no ato
Em si um prazer medonho
A lagoa é patrimônio
De São Raimundo Nonato
Fica numa área boa
Nesta terra benfazeja
Lá do alto da igreja
São Raimundo lhe abençoa
Purificando a Lagoa
Dos males de um mundo
ingrato
Sem poluir o olfato
Sem aceitar pandemônio
A nossa lagoa é bela
O santo é seu defensor
Nasceu um perfeito amor
Entre são Raimundo e ela
Ver-se no formato dela
Comprovação do contrato
De uma união de fato
Sem ocorrer matrimonio
A lagoa é patrimônio
De São Raimundo Nonato
Com informações de amigos
achegado a família, Rosendo vinha sofrendo com problemas pulmonares o que deva
ter sido a causa mortis. Seu corpo será transladado para Várzea Alegre com
previsão de chegada para as 17h de hoje, quando será velado em sua residência
na rua Antônia Gonçalves Cassundé B.Varjota. O sepultamento será amanhã
segunda-feira dia 16, as 16h no cemitério do Caipú.
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