“PEDRO
SÁTIRO: ENTRE O TEMPO E A HISTÓRIA”
O nome
parece curto
Mas é longa
a tradução
Pois sua
história não cabe
Em um livro
escrito a mão
Lá do sítio
Boa Vista
Com a dádiva
prevista
Nasceu
Pedro, nosso irmão
Mil
novecentos e trinta
Era o ano consagrado
E no dia
trinta e um
De janeiro
abençoado
Várzea
Alegre recebia
Mas não
imaginaria
Um PEDRO
conceituado
Pedro Alves
de Oliveira
Teve seu
nome mudado
E apenas
Pedro Sátiro
Ficou assim
celebrado
E toda a
população
Acolhe, com gratidão
Este homem
renomado
Mas foi
grande a sua luta
Para se
tornar assim
Filho de
Dona Maria
E do Senhor
seu Joaquim
Que tinham
Luiza e João
Vindo Pedro
como irmão
Somando três
filhos, sim
Depois a
família aumenta
Pedro ganha
mais irmão
Elizeu e
Nicolau
E o caçula,
Estevão
Com a
família formada
E a vida
consagrada
Vão viver na
união
Com apenas
cinco anos
Pedro já foi
trabalhar
Iniciando no
campo
Para o pai
acompanhar
Viveu no
sitio a infância
E sempre na
elegância
De valores
do seu lar
Com a vida
muito simples
E cotidiano
igual
Crianças
naquela época
Era tudo
natural
Disciplina e
educação
Ninguém
jogava pião
Seu Joaquim
tinha moral
Seu Joaquim
não permitia
Pedro armar
arapuca
Ir à casa
dos amigos
Ele nem
tivesse “infuca”
Pois ao pai obedecia
Até porque
nem havia
Brinquedos
pra ter “infuca”
Com dez anos
de idade
Pedro a
vacas ordenhava
Encilhava
montarias
E burros
aparelhava
Plantava
milho e feijão
Também arroz
e algodão
Pois tudo o
pai ensinava
E aos
quatorze anos
Com toda a
habilidade
Pedro
ajudava aos pais
Mesmo com
pequena idade
Sendo no
campo ou em casa
Pedro bem
desempenhava
Qualquer uma
atividade
Quando via a
mãe doente
Ou se ela
viajava
Pedro
assumia a luta
E até já
cozinhava
Fazendo com
muito jeito
Com e com respeito
Aquilo que
praticava
E nos bancos
escolares
O desejo de
estudar
Lá no sitio
Boa Vista
Que é ali
seu lugar
No ano
quarenta e seis
Praticamente
sem vez
De um
contexto escolar
Lá não havia
escola
Nem tampouco
professor
Quem diria
que um dia
Pedro fosse
ser doutor
Mas a força
de vontade
Desde a
pequena idade
Tinha gesto
promissor
Suas
primeiras lições
Português e
Matemática
Foram em
quarenta e sete
Com seu
primo tendo a pratica
Raimundo
Sátiro que havia
Ensinando
dia a dia a dia
Com sua bela
didática
Aí no ano
seguinte
Teve
autorização
Os pais
assim permitiram
Entrar na
educação
Começou a
frequentar
Escola
particular
Com muita
dedicação
Estudou no
Educandário
O São Tomaz
de Aquino
Professor
Joaquim Correia
E diretor de
ensino
Mas foi
pouca a duração
Com Pedro na
educação
E seu sonho
de menino
Depois
passou a estudar
Com
Valquírio, professor
No ano
quarenta e nove
Já pensando
em ser doutor
Mas teve que
abandonar
E ao seu pai
ajudar
Por ser um
trabalhador
Seu Joaquim
muito atento
Sentiu nos
olhos do filho
A vontade de
estudar
E percorrer
outro trilho
Então firmou
por valia
Com Pedro e
a família
Não apagar o
seu brilho
A vontade de
estudar
E esforço em
aprender
Para ser
alguém na vida
Com intuito
de vencer
No ano de
safra boa
Essa seria a
coroa
Que seu pai
fez prometer
Então é
chegado o dia
E Pedro
volta a estudar
Como havia
prometido
Deus veio
lhe abençoar
Pois como a
safra deu certo
E seu
Joaquim bem esperto
Fez com que
concretizar
Pedro viaja
ao Crato
Num simples
pau-de-arara
Ele e o
Vicente Gago
Que com ele
estudara
Pra conhecer
o colégio
E já ter o
privilégio
Que então se
consagrara
Foi grande a
expectativa
Por estar
longe de casa
Mas no
regresso de Pedro
Ele mesmo
festejava
Trazendo na
sua mão
O livro de
Admissão
Um sonho que
desejava
De novo
volta ao Crato
Agora já
enfrentando
Uma escola
regular
E sonho
realizando
Contente e
muito feliz
Porque tudo
o que ele quis
Estava
concretizando
Com
cinquenta concorrentes
Fez provas
de admissão
Pedro muito
inteligente
Conseguiu
aprovação
Com a média
excelente
Esforçado e
competente
Para aluno
do São João
O concurso
madureza
No Liceu do
Ceará
Pedro
prestou o exame
Conseguiu se
aprovar
Colégio
Diocesano
Fez parte
também do plano
De Pedro
para estudar
Chega a
oportunidade
De também se
preparar
Com esforço
e estudo
Enfrentou
vestibular
Passou para
Medicina
Parece que
era a sina
Para se
realizar
O Curso de
Medicina
Durou seis
anos, então
No ano
sessenta e um
Terminou a
duração
Com a festa
consagrou
E Pedro já
um doutor
Bateu forte
o coração
Cerimônia e
muita festa
Teatro Santa
Izabel
Na cidade de
Recife
Com canudo
de papel
Juntou Pedro
e medicina
Que se
comparou à sina
De um pintor
com pincel
No ano
sessenta e dois
Dia oito de
janeiro
Pedro Sátiro
realiza
Um parto,
sendo o primeiro
E para ter
seu progresso
Foi um parto
de sucesso
Com seu
gesto pioneiro
Pedro também
deu início
Ainda no
mesmo ano
A uma fase
da vida
Que fez
parte do seu plano
Casou-se com
a Candice
Em gesto de
faceirice
Desfrutam
cotidiano
O casamento
foi feito
Com
cerimônia e alegria
Pelo Padre
Otávio Andrade
Que a bênção
lhes trazia
E na
partilha dos sonhos
Entre gestos
mais risonhos
O sonho
realizaria
Dona Maria
Candice
Foi sempre
seu ombro amigo
Companheira
em toda hora
No aconchego
do abrigo
Em tudo
compartilhando
E com Pedro
comungando
Por ser seu
melhor amigo
No ano
sessenta e cinco
Com a
presença do então
Governador
do estado
Virgílio
Távora, pois não
É aqui
inaugurada
E também
prestigiada
Com uma
grande bênção
É a primeira
etapa
De uma
grande construção
Casa de São
Raimundo Nonato
Com prazer e
emoção
No ano
sessenta e seis
Inaugura de
uma vez
Para a
população
Dr. Pedro
conceitua
Seus
trabalhos de virtude
Com a equipe
formada
De tamanha concretude
Dr. Iran e
Eliua
Na equipe
que atua
Socorro tem
plenitude
A primeira
cirurgia
No município
se dá
Tendo muito
compromisso
Onde aqui é
seu lugar
Uma
apendicectomia
Trabalho
daquele dia
Vinha se
concretizar
Dr. Pedro
acrescenta
Na sua vida também
O oficio de
político
Algo que é
mais além
E aí se soma
história
Para ficar
na memória
Do povo que
lhe quer bem
Presta
serviços ao povo
Este grande
cidadão
É membro do
Lions clube
Trabalha de
coração
E se torna
presidente
Sendo homem
competente
Dentro dessa
região
No ano
setenta e três
Dr. Pedro
foi eleito
Para ser o
Presidente
Do CREVA,
com o respeito
Na sua
dedicação
Deixou
legado e lição
Nesses anos
de seu pleito
Na sua vida
política
Ele assim se
destacou
Prefeito,
com três mandatos
Que a ele consagrou
Líder da
população
Que o tem no
coração
Com carinho
e muito amor
Construiu
sua família
Com muita
dedicação
Hoje têm os
quatro filhos
Amando-os de
coração
Cada um bem sucedido
E nenhum foi
impedido
De viver na
união
São Evandro
e Christine
Os filhos
assim chamados
Também
Carlile e Eduardo
Outros dois
são nomeados
E para a
honra e glória
Consagram
sua vitória
Com momentos
celebrados
Na união que
perdura
Com virtudes
e louvor
Vivendo com
a família
Dentro de
muito valor
Com os
filhos já crescidos
E também
agradecidos
Pelas
bênçãos do Senhor
Pedro, este
homem público
Tem seu povo
agradecido
Na amada
Várzea Alegre
Do nobre ao
mais sofrido
Pois quem
dele precisou
Não teve um
que voltou
Para não ser
atendido
Na política
e medicina
Foi sempre
bem respeitado
Como líder
ou cidadão
Tem nome
conceituado
E com
carinho do povo
Do mais
velho ou mais novo
Dr. Pedro é
aclamado
Para todos
os seus planos
Dentro de
cada ação
Eram
voltados ao bem
De toda a
população
Sempre
pensando um jeito
De
conquistar o respeito
E cumprir
sua missão
Pelo tempo e
a história
Completa
noventa anos
Por aqui já
trabalhados
Entre
projetos e planos
Dr. Pedro
vive a festa
E Várzea
Alegre atesta
Uma vida sem
enganos
Hoje o povo
o aclama
Ainda com o
fervor
Dr. Pedro,
grande médico
Homem de
grande valor
Receba de
cada irmão
Abraço de
coração
Recheado de
amor
A medalha de
honraria
Aquela lhe
ofertada
“Medalha
Papai Raimundo”
Conceitua
sua estrada
Percorrida
entre o povo
Com
expressão de renovo
E gratidão
consagrada
Médico e
empresário
Político por
devoção
Na vida
pública, amigo
Pro povo,
dedicação
E pelo muito
que fez
Hoje é
chegada a vez
De abraçar,
nosso irmão
A tua
biografia
Registrada
na cidade
Tem as obras
espalhadas
Com maior
dignidade
E o Hospital
São Raimundo
Que ali foi
o seu mundo
Carimba
posteridade
Quatro
filhos, cinco netos
Duas noras
congratulam
Sentimentos
de carinho
E amor que
se misturam
Família e
população
Emitem do
coração
Os parabéns
que perduram
(Liduina de Sousa)
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