sábado, 29 de novembro de 2014
A Seca em São Paulo
Terra seca é apelido
Que colocaram na gente
Devido ao clima quente
Que tem meu sertão querido
Mas São Paulo tem vivido
O que vivemos outrora
E a pergunta da hora
Vou fazer sem tirar onda
Paulistano me responda
Quem é terra seca agora?
O destino é traiçoeiro
O mundo um globo que gira
E um dia o feitiço vira
Por cima do feiticeiro
Tudo muda o tempo inteiro
E nossa dor teve fim
O bom de lá ficou ruim
E já que ondas vão e vem
Vou tirar onda de quem
Já tirou onda de mim.
Todo Paulista zombava
Dos apuros do nordeste
Que sofria igual a peste
Porque água nos faltava
Mas quem antes gargalhava
Hoje em pranto o riso enxagua
O nordeste não tem mágoa
Da humilhação sofrida
Mas está feliz da vida
Vendo o Paulista sem água.
Em Itu e Ipatinga
Osasco cotia e Santos
Não tem quem saiba com quantos
Meses estão que nem pinga
Em São Paulo o povo xinga
Pois não cai uma neblina
E aquela gente granfina
Cheia de orgulho e besteira
Sem ter água na torneira
Tão bebendo a da piscina.
Poeta Francisco Torres (TINTIN)
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