terça-feira, 4 de novembro de 2014

Continuam as Ações da Secretaria de Saúde contra a Leishmaniose Visceral


A Secretaria Municipal de Saúde amplia, as ações de prevenção e combate ao inseto flebomíneo, também conhecido como "mosquito palha", agente transmissor da Leishmaniose Visceral. Neste ano já foram confirmados 03 casos humanos, com um óbito.
Continuando as ações para conter o avanço da doença, a Secretaria Municipal de Saúde já realiza ações de bloqueio químico ao mosquito transmissor. Nesta semana, os agentes de combate de endemias da PM estão reforçando a medida nas áreas com maior incidência da doença em humanos. Durante a ação, o inseticida está sendo aplicado nas ruas do centro da cidade, e também cães estão sendo submetidos ao teste rápido para a Leishmaniose Visceral.
O Secretário de Saúde Dr. Fernando Fernandes, reforça que a adesão da comunidade é fundamental para eliminar os focos do “mosquito palha” e impedir o crescimento de casos. "O inseto transmissor se reproduz bem próximo ao solo, em terra úmida, locais sombreados e com matéria orgânica (com restos de folhagens, alimentos, ração, fezes de animal, dentre outros). Portanto, a limpeza diária de quintais e ambientes dos animais é imprescindível para afastar o perigo", esclarece o profissional.
Os agentes de endemias também realizam visitas domiciliares periódicas, com objetivo de verificar a existência de focos, instalarem "armadilhas" para os mosquitos e orientar a comunidade sobre a doença e formas de prevenção. "Contamos com o apoio da população para receber os nossos agentes e permitir a realização de todo o trabalho. Eles são treinados e sempre estão devidamente uniformizados e identificados",  frisa Angelita, Coordenadora de Vigilância Sanitária do município.
Para localidades em que tenham casos confirmados, diferente da dengue Borrifação deve ser  feita dentro e fora da casa para eliminar focos e evitar infectar outras pessoas e animais.  Caso em algumas aéreas as autoridades de saúde solicitem a entrada nas residências, estas devem ser aceitas e colaboradas por todos.
Ao contrário do que muitos imaginam medidas complementares no controle do mosquito da dengue em casos de epidemia, como o "fumacê", não surte tanto efeito para o vetor da Leishmaniose Visceral. Por ser minúsculo (1 a 3 mm) e esconder-se facilmente, o controle químico do “mosquito palha” é realizado apenas nas áreas com casos confirmados da doença humanos.  
O inseto da leishmaniose "vive escondido" e tem o vôo curto. Por isso, a aplicação do produto químico dessa feita dentro e fora das residências, em paredes, tetos e chão. Também é preciso afastar móveis, borrifar embaixo de camas, atrás de armários para eliminar todo foco do vetor da leishmaniose e evitar que mais uma pessoa ou animal daquela residência ou vizinhança seja infectada. No "fumacê" contra a dengue o produto atinge o mosquito da dengue e não o da leishmaniose.

Transmissão:

A Leishmaniose é provocada pelo protozoário leishmania. A contaminação acontece quando a pessoa ou animal doméstico é picado pelo "mosquito palha" contaminado. É uma doença grave, que afeta principalmente os órgãos internos (fígado e baço), e se não for tratada pode levar a morte. Em geral, o inseto pica o homem e os animais ao amanhecer ou início da noite. Para o humano, há tratamento oferecido gratuitamente na rede pública de Saúde, já para o cão não existe.

O cão não é o vilão

Animais domésticos devem ser testados periodicamente para doença
Outro mito comum é imaginar que o cachorro é quem transmite a leishmaniose. Na realidade, o animal é potencial hospedeiro do parasita, e uma vez diagnosticado com a doença, não há tratamento. Mas a transmissão ocorre quando o “mosquito palha” pica o animal doméstico e/ou homem doente e transmite para outro indivíduo saudável.
O cão não é o 'vilão', pois não é ele que passa a leishmaniose para o homem por 'lambida' ou contato. O perigo está no mosquito, que na grande maioria dos casos ficam dentro de nossas casas. Uma simples fruta que cai do pé ou cascas de frutas e legumes usadas nas hortas são propícios para a formação de focos e sua proliferação. Portanto, a limpeza é a principal medida de prevenção.
Ainda assim, todos os cães devem ser testados periodicamente para a doença. Se positivado, é realizado novo exame laboratorial confirmatório. Para os cães confirmados a conduta recomendada pelo Ministério da Saúde é a eutanásia. Em Ipatinga, o município realiza, gratuitamente, o teste rápido (com coleta de sangue na orelha) e o exame confirmatório. O serviço é oferecido no Centro de Controle de Zoonoses, no bairro Cidade Nobre, de segunda à sexta-feira, de 7h30 as 15h30.
Em caso negativo, uma medida preventiva complementar, embora sem comprovação científica, é o uso da coleira antiparasitária (que protege até 95% das picadas dos insetos). Outra iniciativa é a vacinação animal contra a doença. Os itens podem ser encontrados em lojas de produtos veterinários e são opcionais ao proprietário do animal.






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