sexta-feira, 28 de julho de 2017

POESIA - SAUDADES DO DIAMANTE NEGRO

Outro gênio o futuro não nos traz.
Pérola negra do chão varzealegrense.
Quem mostrou no seu livro o cearense.
As proezas que o nosso povo faz.
Nas ações era branco igual a paz.
Só a pele o  fazia bem pretinho.
O repente tão puro como o vinho.
Voz rouquenha e ideia tão sadia.
Quando escuto uma boa cantoria.
Sinto muita saudade de Bidinho.                       

O poeta era simples de um jeito.
Que até caminhando a passo manco.
Escovou urubu pra ficar Branco.
Pra ver seu candidato ser prefeito.
Nem lembrou que seria preconceito.
Imoral infeliz vil e mesquinho.
Se comprasse pagava direitinho.
Tudo quanto a família consumia.
Quando escuto uma boa cantoria.
Sinto muita saudade de Bidinho.

Quando ele sentava na cadeira.
Pra cantar já mostrava um dom divino.
Conseguiu enfezar Manoel Galdino.
Num debate com versos de primeira.
Que inclusive lhe ameaçou peixeira.
Quando viu que o poeta moreninho.
Botou uma pedreira em seu caminho.
Que nenhuma marreta destruía.
Quando escuto uma boa cantoria.
Sinto muita saudade de Bidinho.

                                            Poeta Expedito Pinheiro


Nenhum comentário:

Postar um comentário