Outro gênio o futuro não
nos traz.
Pérola negra do chão
varzealegrense.
Quem mostrou no seu livro
o cearense.
As proezas que o nosso
povo faz.
Nas ações era branco igual
a paz.
Só a pele o fazia bem pretinho.
O repente tão puro como o
vinho.
Voz rouquenha e ideia tão
sadia.
Quando escuto uma boa
cantoria.
Sinto muita saudade de Bidinho.
O poeta era simples de um
jeito.
Que até caminhando a passo
manco.
Escovou urubu pra ficar
Branco.
Pra ver seu candidato ser
prefeito.
Nem lembrou que seria
preconceito.
Imoral infeliz vil e
mesquinho.
Se comprasse pagava
direitinho.
Tudo quanto a família
consumia.
Quando escuto uma boa
cantoria.
Sinto muita saudade de Bidinho.
Quando ele sentava na
cadeira.
Pra cantar já mostrava um
dom divino.
Conseguiu enfezar Manoel Galdino.
Num debate com versos de
primeira.
Que inclusive lhe ameaçou
peixeira.
Quando viu que o poeta
moreninho.
Botou uma pedreira em seu
caminho.
Que nenhuma marreta
destruía.
Quando escuto uma boa
cantoria.
Sinto muita saudade de Bidinho.Poeta Expedito Pinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário