Hoje reverenciamos a saudade e a lembrança de Joaquim Afonso Diniz que se vivo fosse estaria a completar 100 anos. É um Marco de gratidão e de revisitação a história da trajetória de vida do senhor Joaquim Afonso Diniz. Infelizmente o tempo apaga a memória passada como também a mutação das Gerações e levam ao esquecimento os verdadeiros benfeitores que se doaram a coletividade essa homenagem objetiva justamente ratificar, registrar e resgatar Joaquim Diniz mesmo que escrevendo com lágrimas de saudades o seu valor. Na realidade Joaquim Afonso Diniz, filho do iluminado Josué Diniz, somente nos legou exemplos que continuam alimentando a seiva das nossas vidas reuniu uma síntese maravilhosa o homem, o chefe de Família, o empresário, o político e sobretudo o homem virtuoso. Suplantou dificuldades e desafios no início da sua vida adulta, passando por diversas experiências de labor, indo finalmente trabalhar na empresa fundada pelo seu pai a Usina Josué Diniz de beneficiamento de algodão. Diante das suas qualidades e dedicação, conquistou o posto maior de ser o acionista administrador da empresa levando ao patamar de desenvolvimento e crescimento nunca vistos, sobretudo na área de beneficiamento e exportação de algodão. Em resultado da atividade a Usina Josué Diniz, a cidade de Várzea Alegre, recebeu o fortalecimento na sua economia por diversas décadas. O município foi beneficiado pela criação de empregos, aumento na arrecadação de impostos, circulação de dinheiro na economia e aumento na renda per capita. A Usina foi a principal responsável em possibilitar que muito dos seus filhos e migrassem para as grandes universidades, retornando com os seus anéis de formatura Refulgindo nos seus dedos. Quantas saudades das plumas de algodão.
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FOTO: Memoria Varzealegrens |
Sim meus senhores obviamente que todo esse cenário dependeu da existência de uma empresa sólida e conceituada em que Joaquim Diniz foi o seu timoneiro, e pela sua inteligência destinou o seu talento e a sua vida útil a esse sonho. Foi obrigado a renunciar tempo da convivência com sua família em prol desse objetivo maior.
Suas viagens eram frequentes, hora para Juazeiro do Norte, hora para Fortaleza peregrinando perante as instituições financeiras em busca de trazer recursos que se destinavam ao pagamento dos seus funcionários e fornecedores, garantindo a circulação de riquezas e permitindo o dia de feira da nossa Várzea Alegre. Correu risco de vida quando fora vítima de grave acidente. O seu semblante de preocupação, era refletido na sua saúde. O mercado de algodão oscilava com frequência.
Na cidade de Fortaleza Joaquim Diniz além dos negócios da Usina, adquiriu uma concessionária automobilística, que comercializava veículos Doges, exigindo dele sua presença constante naquela cidade. A trato de muitos negócios. Todavia, é importante ser registrado o que a Usina Josué Diniz sofreu abalo na sua estrutura mercantil, pela praga que dizimou algodão, encerrando as suas atividades, mas sem deixar rastros de débitos, de qualquer natureza, perante o fisco ou a terceiros. Era uma questão de honra.
Ao lado dessa atividade Joaquim Diniz, dedicou-se a atividade política, pois o seu pai Josué Alves Diniz, líder político de Várzea Alegre, foi por várias décadas verdadeiro guro. Apoiando e trabalhando nas eleições de diversos prefeitos, deputados e vereadores. Joaquim Diniz trabalhava nos bastidores da política, seguindo a orientação do seu genitor, tendo ocupado cargos públicos em nossa cidade. Por conta do viés político Várzea Alegre era contemplada, recebendo celebridades políticas em visitas, governadores, senadores, deputados, sendo um desses últimos, o então governador, Ciro Gomes. Assim bem como obras estruturais, destacando-se entre elas a energia elétrica, que, aliás a sua implantação foi financiada pela Usina Josué Diniz.
Joaquim Diniz hospedava os comensais na sua casa, contando com o apoio de sua querida esposa Dona Balbina Menezes Diniz, que os recepcionava com a competência digna da elegância de uma dama.
Assim torna-se difícil desenhar com minudência os seus trabalhos e ou os favores prestados por Joaquim Afonso Diniz, quando em vida.
No seio da sua família reinava a harmonia, foi casado com Balbina Menezes Diniz, resultando dessa união, quatro filhos Ruben, Amélia, Dayse e Maria Eunice. O amor alimentou os seus ideais, e as suas obras sacralizaram a sua vida.
O pronome de conjugação de Joaquim Diniz era nós e não eu. Literalmente despojado de vaidade, de ambição, de soberba, Fez-se um homem Virtuoso, simples, honesto, amoroso, correto, obsequioso. Distribuiu de forma impessoal gestos magnânimos.
Já ouvimos de diversas pessoas, declarações de gratidão pelos seus gestos de apoio e humanidade que foram recebidos pelos mesmos em momentos difíceis.
Cidadão reservado, conveniente, não era de fazer comentários desairosos a moral de uma pessoa.
Sendo que também, jamais reivindicou o reconhecimento ou comendas para si, de qualquer natureza. Realizou doações em benefício do município, passou pela vida em brancas nuvens tal qual a predestinação da brancura dos capuchos de algodão, que tisnaram os seus cabelos.
Esta canção de saudade tinha que ser hoje revivida. E assim juntos, família amigos, admiradores, coração a coração unidos pela lembrança e executando o ritual da Saudade, reconhecendo que Joaquim Diniz merece estar no panteão das celebridades, face as obras realizadas que moldaram o homem e o eternizaram, mesmo sem os brilhos dos holofotes da soberba e da vaidade. Joaquim Diniz metrificou um poema de amor, e este amor se espraiou pelos nossos nervos, e permanecerá intangível de geração a geração, diante das sementes já espalhadas.
Obrigado. Família de Joaquim Afonso Diniz.
Várzea Alegre 28/12/2017
Por Vicente Moreno, mais conhecido por Douglas.
É oportuno lembrar que, a família comunica aos amigos e familiares que hoje dia 28, será celebrada uma missa em comemoração ao seu Centenário, na Capela de Nossa Senhora de Fátima, logo mas as 19:00 horas, em Várzea Alegre, CE.
Desde já agradecemos a presença!