sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

MICHEL TEMER CANDIDATO...



Aliados preparam voo eleitoral de Michel Temer em 2018. Com a perspectiva de melhora da economia e redução do desemprego, grupo político próximo ao presidente acredita que o peemedebista poderá sair candidato à reeleição em 2018

Temer: a aposta de interlocutores é que o presidente vai virar o ano em um outro patamar na corrida eleitoral

O presidente Michel Temer e seus estrategistas políticos trabalham para que o peemedebista não seja um mero figurante na corrida presidencial de 2018. Todas as apostas são de que a economia seguirá em um ritmo de crescimento constante — as previsões são de que o país vai avançar próximo de 1% este ano e algo em torno de 3% no ano que vem. A equipe econômica espera baixar para um dígito a taxa de desemprego no país, hoje situada em 13 milhões de pessoas. A inflação está abaixo dos 3% e os juros, em queda. “O Natal será o melhor dos últimos anos e o próximo ano vai reforçar essa percepção”, acredita um aliado próximo de Temer.


Por tudo isso, aliados do presidente apostam que o peemedebista vira o ano e entrará na corrida eleitoral em um outro patamar. “Se formos analisar com clareza, a aprovação pessoal do presidente é de 3%, mas a avaliação positiva do governo está um pouco maior. As pessoas começam a perceber as diferenças e a tendência é de que, lá na frente, consigamos associar a imagem do presidente aos êxitos da economia”, disse um interlocutor palaciano.

Esse mesmo aliado, contudo, é cuidadoso e freia os ímpetos de alguns mais entusiasmados, que acham, inclusive, ser possível que o próprio Temer venha a concorrer à reeleição. Antes da delação da JBS, ministros do círculo próximo do presidente, como o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o titular da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, defendiam que o presidente buscasse conquistar nas urnas o cargo que lhe havia sido dado pelo Congresso após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

“Esse cenário, hoje, é pouco provável. A imagem do presidente ainda está muito desgastada após as duas denúncias que tivemos de reverter no Congresso. Elas estão muito vivas no imaginário do eleitorado e da população”, reconheceu um estrategista palaciano. “Pode ser que, ao longo de 2018, isso se dilua. Mas não há como prever ainda”, completou.

Avaliação

Para especialistas, uma presença marcante de Temer nas eleições ainda é algo utópico. “O Brasil não tem tradição de os presidentes elegerem seus sucessores”, lembrou o professor de história contemporânea da Universidade de Brasília (UnB) Antônio José Barbosa. Ele declarou que Juscelino Kubitschek, José Sarney, Fernando Collor e Fernando Henrique não conseguiram eleger aliados para sucedê-los. “A única exceção foi a experiência lulo-petista”, pontuou ele.

O professor emérito de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) João Saboia lembra também o processo de distanciamento do PSDB, que tende a ter candidato próprio, como um dos elementos que poderiam enfraquecer um voo próprio do PMDB e até mesmo do presidente Temer. “É bem verdade que dizem que, quando um presidente concorre à reeleição, ele naturalmente leva consigo um índice de intenção de votos de 15%, em média. Mas tudo, neste momento, não passa de especulação”, declarou.

Fonte Correio Braziliense por Paulo de Tarso Lyra


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