sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sábado é dia de vacinação em todo o País

Crianças devem ser vacinadas contra a pólio. Em oito Estados, a vacinação contra sarampo foi adiantada e também começa no sábado

Neste sábado (18), crianças menores de 5 anos devem receber a primeira dose da vacina contra a poliomielite, conhecida como paralisia infantil. Ao todo, 115 mil postos em todo o país devem funcionar das 9h às 17h. Além das unidades permanentes, shopping centers, rodoviárias e escolas também vão receber postos móveis.

Além disso, em oito Estados do Brasil a campanha de vacinação contra sarampo foi adiantada e começa no dia 18. A campanha estava marcada para ocorrer, em todo o país, na segunda etapa da vacinação contra a paralisia infantil, dia 13 de agosto.

Contudo, com a proximidade das férias de meio de ano e um surto de sarampo na Europa, que desde o início do ano já tem mais de 6,5 mil casos suspeitos notificados, fez com o que o Ministério da Saúde, juntamente com Estados e municípios, antecipasse a ação em áreas prioritárias.

Os Estados em que a campanha foi antecipada são São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Ceará e Alagoas. Eles têm maior fluxo turístico e maior densidade populacional, o que dificulta operações efetivas de vacinação em caso de surtos e são locais com menores coberturas da vacina tríplice viral nos últimos anos. Nesses locais, todas as crianças entre um ano e menores de sete anos devem tomar a vacina, mesmo que já tenham sido vacinadas antes.

A meta do governo é vacinar 95% do público-alvo – 14,1 milhão de crianças contra a poliomielite e 17 milhões contra o sarampo. As duas campanhas - contra a pólio e contra o sarampo - seguem até 22 de julho.
Em nota no site do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha afirma que a intenção é proteger as crianças dos casos que podem chegar de fora do País. “No nosso país, hoje, muita gente viaja, por exemplo, daqui para a Europa e da Europa para cá. Este ano, tivemos 11 casos de brasileiros que vieram de fora e começaram a apresentar sintomas e foram diagnosticados aqui, no Brasil."

Histórico do sarampo no Brasil
Até o mês de maio deste ano, foram confirmados dez casos de sarampo em Estados do Brasil, sendo três no Rio de Janeiro, três no Rio Grande do Sul, um em São Paulo, um na Bahia, um no Mato Grosso do Sul e um no Distrito Federal. Todos esses casos foram de pessoas não vacinadas que viajaram ao exterior ou que tiveram contato com viajantes portadores da doença.

Em 2010, foram confirmados 68 casos – três no Pará, oito no Rio Grande do Sul e 57 na Paraíba – todos importados ou associados a esses casos importados. Desde 2000, o vírus selvagem não circula livremente no país. De 2001 a 2005, foram notificados apenas dez casos de sarampo, dos quais quatro foram importados (Japão, Europa e Ilhas Maldivas) e seis casos eram associados a essa importação.
(fonte: ig.com)
No Ceará
Já no Ceará, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), serão 656,6 mil crianças contra a pólio e 791,3 mil contra sarampo, com meta de cobertura de 95%. Para a campanha de vacinação no Ceará o Ministério da Saúde destinou 1,038 milhão de doses de vacina Sabin e 949 mil doses de tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba). Nos postos de saúde dos municípios, a vacinação continua até a primeira quinzena de julho.

O Brasil está livre da circulação autóctone do vírus do sarampo desde o ano 2000 e, da rubéola, desde 2008, mas todos os anos são identificados casos importados de países onde ainda há transmissão do sarampo.

No Ceará, o último caso de sarampo confirmado ocorreu em 1999. O sarampo é uma doença viral aguda, com elevada transmissibilidade e que pode acometer pessoas de qualquer idade não vacinadas. A vacina contra o sarampo é a medida preventiva mais eficaz.

A Sesa orienta sobre os sintomas do sarampo. Os principais são febre e exantema (manchas avermelhadas no corpo), acompanhados ou não de tosse, coriza e conjuntivite. Nesses casos, a recomendação a pessoa deve ir a um posto de saúde e evitar contato desnecessário com outras pessoas, até a avaliação médica. A vacina só é contraindicada para pessoas com história de reação grave , no caso de gravidez e de imunossupressão. As crianças ou adultos não devem se vacinar se estiverem com febre, segundo especialistas.
(Diario do Nordeste)

Nenhum comentário:

Postar um comentário