Quatro
cidades do Grande ABC aparecem em rankings dos dez municípios com maior número
de roubos de motocicleta no Estado nos três primeiros meses deste ano. Santo
André, São Bernardo, Diadema e Mauá totalizam 534 ocorrências no período. Na
lista de março, Diadema é a terceira cidade com maior número de casos (69),
atrás apenas da Capital (568) e de Osasco (80). São Bernardo aparece na quarta
posição (62), Santo André está em sétimo lugar (51) e Mauá (24), em décimo
O
levantamento é feito em parceria pela Fecap (Fundação Escola de Comércio
Álvares Penteado) e a empresa de rastreamento Tracker, e tem como base dados da
SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Estado. Apesar de divulgar mensalmente
os índices criminais, a Pasta não separa as motocicletas dos roubos e furtos de
veículos.
Conforme
o gerente de operações do Grupo Tracker, Rodrigo Boutti, a localização da
região influencia nos números. “São cidades próximas à Zona Leste de São Paulo
e de rodovias como Anchieta e Imigrantes. Quando se fala de motos de alta
cilindradas, elas costumam ser roubadas no fim da tarde e início da noite,
quando as pessoas estão saindo do trabalho ou indo a algum passeio. E a
proximidade com a Zona Leste é por causa da realização de bailes funks, onde
são utilizadas motos para exibição”, explicou. Ainda segundo ele, as
motocicletas de modelos mais simples tendem a ser utilizadas em pequenos
roubos. “Principalmente em pontos de ônibus, já que elas chamam menos atenção.
Podem ser usadas até mesmo para roubar as de alta cilindrada.”
Questionada
sobre o assunto, a SSP afirmou não comentar levantamentos dos quais desconhece
a metodologia. “No entanto, as ações das polícias para coibir os crimes vêm
dando resultado” informou, em nota. Segundo a Pasta, a PM (Polícia Militar)
realiza ações especiais, como a Operação Cavalo de Aço, para combater este tipo
de crime. “Os locais de maior incidência recebem mais atenção no planejamento
de operações especiais e de rondas preventivas. A PM planejou 188 operações em
três meses para coibir, principalmente, crimes contra o patrimônio. Com isso,
foi possível recuperar cerca de 40% dos veículos subtraídos.”
A
Lei dos Desmanches também foi citada. “(A legislação) Ataca a cadeia econômica
em torno desses crimes ao incrementar as exigências para comercialização de
peças usadas. O Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) realiza
constantemente esse tipo de operação, fiscalizou 518 estabelecimentos
irregulares e fechou 47 deles em 2016 no Estado. Apenas em janeiro e fevereiro
deste ano, 95 desmanches foram vistoriados e três, fechados.”
Yara
Ferraz
do
Diário do Grande ABC
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