quarta-feira, 18 de julho de 2012

PARABÉNS AOS TROVADORES DE VÁRZEA ALEGRE E REGIÃO


Dia Nacional do Trovador 

Assim eram chamados os poetas líricos portugueses que, nos últimos séculos da Idade Média, seguiam o estilo dos poetas provençais; ambulantes que cantava seus poemas ao som de instrumentos musicais. 

O Dia do Trovador é comemorado nessa data por ser o dia do nascimento de Gilson de Castro (RJ), cujo pseudônimo literário é Luiz Otávio. “E por ele ter, juntamente com J.G. de Araújo Jorge, começado a estudar e propagar a quadra popular brasileira junto a um seleto grupo de poetas”, diz. Em 1960, depois de participar de um Congresso do GBT (Grêmio Brasileiro de Trovadores), em Salvador, Luiz Otávio implantou uma série de seções desta entidade no sul do Brasil.
Mas o que é trova? “A trova é uma composição poética concisa. É um micro poema, o menor da língua portuguesa, que deve obedecer a características rígidas”, enfatiza Pedro Viana. É preciso que a trova seja uma quadra, ou seja, tenha quatro versos (em poesia cada linha é denominada verso). E cada verso deve ter sete sílabas poéticas, ser setessilábico. As sílabas são contadas pelo som. Ter sentido completo e independente.
- O autor da trova deve colocar nos quatro versos toda a sua idéia. A trova tem apenas quatro versos, ou seja, quatro linhas. A trova, para ser bem feita, tem de ter um achado. Achado é algo diferente e que faça valer a pena ler a trova - explica.
Parece complicado. Afinal, é fácil fazer trovas? “Uma vez que a trova é composta de quatro versos ou linhas de sete sons, é só educar o ouvido e aprender a contar as sete sílabas métricas”, resume Pedro Viana, que nasceu em Barra do Piraí e mora em Volta Redonda. Licenciado em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia e Letras de Volta Redonda, onde se tornou diretor cultural e promoveu o primeiro concurso de trovas, em 1978.
Outro aspecto importante é que a trova tem que ter rima. Conforme Silvia, a rima poderá ser do primeiro verso com o terceiro e o segundo com o quarto, no esquema ABAB, ou ainda, somente do segundo com o quarto, no esquema ABCB. Existem trovas também nos esquemas de rimas ABBA e AABB. “Comece a trova sempre com letra maiúscula. A partir do segundo verso use letra minúscula, a menos que a pontuação indique o início de nova frase. Nesse caso, use a maiúscula novamente”, detalha a escritora, acrescentando que são três os gêneros básicos da trova:
Trovas líricas - Falando dos sentimentos, amor, saudade;
Trovas humorísticas (satíricas) - São as que fazem rir, engraçadas, tem bom humor;
Trovas filosóficas - Contendo ensinamentos, pensamentos.

Gêneros da Trova

A- Trovas Líricas: Falando dos sentimentos; amor, saudade, etc.
Saudade palavra doce
Que traduz tanto amargor;
Saudade é como se fosse
Espinho cheirando a flor...(Bastos Tigre)


B- Trovas Filosóficas: Contendo ensinamentos, máximas, pensamentos, etc.
Duas vidas todos temos,
Muitas vezes sem saber:
-- a vida que nós vivemos,
E a que sonhamos viver...(Luiz Otávio)

C- Trovas Humorísticas: Como o próprio nome diz, são trovas que se propõem a fazer rir.
Eu, trabalhar desse jeito,
Com a força que Deus me deu,
Pra sustentar um sujeito

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