José de Nenem Cesário
Oitenta e cinco anos completa
E essa data repleta
Já marquei no calendário
Seguindo o itinerário
De alguns da população
Aqui do nosso torrão
E por onde mais andou
O rasto que ele deixou
Foi viver na retidão
Nasceu no sitio panelas
No ano de vinte e nove
E na certeza que chove
Fez experiências belas
De Joana de barro janelas
Viradas para o poente
Pois é sempre do nascente
Que as fortes chuvas vem
E todo sertanejo é quem
Nesse solo é insistente
Com vinte e três anos de idade
Com Maria Amélia casou-se
Em nossa igreja ajoelhou-se
Perante a sociedade
Pois tinha capacidade
Desta batalha enfrentar
E ainda mais para aumentar
Cedo dois filhos lhes nasceu
E com saúde os dois cresceu
Ou puderam bem se criar
Depois que esses dois vieram
Tiverammais dezesseis
Sendo um de cada vez
Mas nem todos porem tiveram
A sorte que eles quiseram
Era a sorte dos primeiros
Pois até dos derradeiros
Morreram ainda anjos
Com nome ou não de arcanjos
Do destino foram herdeiros
Na COCEDRO Vinte anos
Esteve a ele a trabalhar
Sem a ninguém maltratar
Ali formou vários planos
Durante anos e anos
Esteve a pesar algodão
Com amor no coração
Viver a desempenhar
Sem ter na vida pesar
Pesar somente algodão
Durante todos esses anos
Teve muitas alegrias
Dia e noite noite e dias
Mas teve também desenganos
De Deus atendendo aos planos
Grande dor ele passou
Mas essa dor ele enfrentou
Por mais uma filha ter perdido
Ao nosso Deus deu ouvido
Ele não se desesperou
A filha que me refiro
Foi a primeira nascida
Por ela enfrentou a lida
Num sentimento profundo
Maria gêmea com Raimundo
Que em fortaleza vive
A imagem dela revive
Sempre que vai a igreja
Mas seguindo sua peleja
Ainda hoje sobrevive
Deus lhes der muita saúde
Muita paz muita alegria
Desejamos nesse dia
Sinfonia de um alaúde
Que alegria não amiúde
Seja ela sempre ativa
Que o senhor ainda viva
Anos e mais anos mais
Saúde alegria e paz
Com o senhor sempre conviva
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