sexta-feira, 20 de julho de 2018

WhatsApp limita reenvio de mensagens após linchamentos na Índia.



Mudança é parte de esforços para conter a disseminação de informações falsas. No país asiático, 20 pessoas foram mortas por linchamento após serem vítimas de boatos espalhados na rede social.

O WhatsApp anunciou nesta quinta-feira (19/07) que vai limitar drasticamente o reenvio de mensagens na rede social. Usuários poderão reenviar uma mensagem a no máximo 20 pessoas ou grupos. Na Índia, o limite será cinco. O limite atual, em todo o mundo, é 250. A decisão é uma resposta aos linchamentos que ocorreram na Índia e foram causados por mensagens falsas e de conteúdo provocativo.

A Índia é o maior mercado da empresa de propriedade do Facebook, com mais de 200 milhões de usuários. Na Índia, onde, segundo o WhatsApp, as pessoas enviam mais mensagem, fotos e vídeos do que em qualquer outro país, também será removido o botão de reenvio rápido de mensagens multimídia. Mais de 20 pessoas foram mortas por multidões enfurecidas nos últimos dois meses na Índia, após boatos espalhados sobre supostos sequestradores de crianças, ladrões e predadores sexuais.

Os ataques ocorreram em ao menos 11 estados e deixaram também dezenas de feridos. A mudança é o mais recente passo do WhatsApp para tentar conter a disseminação de conteúdo falso. Em 10 de julho, a empresa havia anunciado que iniciou a introdução de um sistema que diferencia as mensagens encaminhadas das que foram escritas para o destinatário.
O WhatsApp também investiu em anúncios de página inteira em jornais indianos para alertar o público sobre a disseminação de informações falsas. “Acreditamos que essas mudanças – que continuaremos a avaliar – ajudarão a manter o WhatsApp da maneira que foi projetado: um aplicativo de mensagens privadas”, afirmou a empresa.

O app vem sendo apontado por especialistas e autoridades como um dos canais mais potentes de difusão de notícias falsas. Entre os fatores que abririam espaço para esse tipo de prática estariam a facilidade de repassar as mensagens e a ausência de identificação desse tipo de procedimento, o que favoreceria uma lógica de mensagens sem autoria.

Para lidar com o segundo problema, na semana passada o WhatsApp já havia anunciado que as mensagens repassadas passariam a ser identificadas enquanto tal. “Esta indicação extra tornará conversas individuais e em grupo mais fáceis de serem seguidas”, argumentou a empresa em seu blog institucional.

fonte EBC

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