NINGUÉM IGNORA MAIS - POETA ANTÔNIO DE FREITAS

Esse ano estaremos tornando o nosso blog mas cultural e popular, estamos selecionando vários trabalhos poéticos de vários poetas de Várzea Alegre e região para aqui divulgarmos e para iniciarmos; o Poeta Antônio de Freitas do Sítio Gangorra, denuncia a promiscuidade que vem de mãos dada com a evolução dos tempos, deleitem-se porque é verdade,

Quase que ninguém notou
Que o nosso Brasil mudou
A vergonha se acabou
Há muitos anos atrás
O filme do satanás
Não reclama quem assiste
A safadeza que existe
Ninguém ignora mais

Sofre o velho, sofre o moco
Vendo perna ate o grosso
Mulher despida e colosso
Na classe dos imorais
Mulher de corpo despido
Ou com um curto vestido
Se ela chifrar o marido
Ninguém ignora mais

Hoje o jovem continua
Seja no mato ou na rua
Pega a namorada sua
E beija perante os pais
Carinho e beijo não mingua
O chupa chupa de língua
Ninguém ignora mais

Hoje uma moca qualquer
Seja Teresa ou Ester
Doida pra virar mulher
Agarra qualquer rapaz
Diz eu tenho muito gás
Pra cozinhar o feijão
Se ele espocar seu bujão
Ninguém ignora mais

Hoje uma moca donzela
Num cavalo bota sela
Chama o namorado dela
E vão pra os canaviais
Ela beija e acarinha
Ele lhe chama santinha
Se nascer um piluquinha
Ninguém ignora mais

Antônio de Freitas Sobrinho

     02 junho de 1998