quarta-feira, 4 de maio de 2016

OS SUJOS FALANDO DO MAL LAVADO


Tenho me eximido de postagens relacionadas a politica e até mesmo fora desse assunto uso da atitude de fugir dos fervilhões dos assuntos para assim evitar possíveis atritos vindo a enfoca-los depois em momento oportuno. É de se concordar que após ir pra o senado o processo de impedimento da presidenta Dilma não está tendo o mesmo enfoque que teve quando deste na Câmara dos Deputados, mesmo a votação dos senadores ser tão quanto importante ou possa se dizer até mais importante do que a dos deputados. Resolvi, portanto dar uma entradinha nesse assunto e como base, vou iniciar repassando reportagem do  www.brasilpost.com.br, de quando o processo contra a presidenta Dilma foi aceito na Câmara.


A crise política brasileira continua atraindo as atenções da imprensa internacional. Nesta segunda-feira, 28 março 2016o jornal americano Los Angeles Times divulgou um levantamento feito pela ONG Transparência Brasil sobre os políticos que estão incumbidos de analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
No título da reportagem, a publicação diz: "Os políticos que votam o impeachment da presidente do Brasil são acusados de mais corrupção do que ela". (Caso fosse eu o editor teria resumido em um dos nossos ditos populares. ”Os sujos  falando do Mal Lavado”.
Ao longo do texto, o jornal cita números pesquisados pela ONG sobre os integrantes da Comissão Especial do Impeachment, formada na Câmara para emitir um parecer sobre o pedido de afastamento da petista, e o Congresso como um todo.
Segundo a Transparência Brasil, dos 65 membros da comissão – formada por deputados de partidos que apoiam o governo, da oposição e dos chamados independentes –, 37 enfrentam acusações de corrupção ou outros "crimes graves", conforme cita a publicação americana.
"Cinco membros da comissão são acusados de lavagem de dinheiro, outros 6 de conspiração e 19 são investigados por irregularidades nas contas; 33 são acusados ou de corrupção ou de improbidade administrativa; ao todo, 37 membros foram acusados, alguns deles de crimes múltiplos", afirma.
O LA Times destaca ainda a presença, no colegiado, de Paulo Maluf (PP-SP), ex-prefeito de São Paulo, afirmando que ele é "procurado pela Interpol e que um tribunal de Paris recentemente o condenou à revelia por lavagem de dinheiro e crime organizado". O parlamentar nega a prática de crimes.
Dentre os 513 deputados da Câmara, segundo a Transparência Brasil, 303 são investigados por algum crime. No Senado, o número também ultrapassa os 50%: 49 dos 81 senadores estão envolvidos em investigações.
O Los Angeles Times pondera que os dados fornecidos pela ONG ainda não incluem as informações mais recentes da 26ª fase da Operação Lava Jato, e que tem como alvo executivos da Odebrecht e doleiros.
Uma lista da construtora citando mais de 200 políticos de diversos partidos que teriam recebido doações da empresa foi divulgada pela Polícia Federal – e depois colocada sob sigilo pelo juiz federal Sergio Moro –, mas ainda não há confirmação sobre a legalidade ou não desses repasses.
"Os políticos que votam o impeachment da presidente do Brasil são acusados de mais corrupção do que ela", diz publicação dos EUA
"Dilma Rousseff, por sua vez, nunca foi investigada oficialmente ou acusada de corrupção, apesar de ela ter uma impopularidade gigantesca atualmente e ser considerada culpada pela recessão profunda em que o país se encontra", afirma o jornal americano.
"Ela era chefe do conselho administrativo da Petrobras quando a empresa esteve envolvida no esquema de pagamento de propina que tem sido desvendado pela Operação Lava Jato. Mas, para tirá-la do poder, os deputados estão se valendo da acusação sobre a manobra orçamentária ("pedaladas fiscais") para esconder o tamanho do deficit do país, e eles garantem que essa é uma ofensa passível de impeachment."
O jornal ainda menciona as investigações contra o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que seria o sucessor de Dilma em caso de impeachment. "Michel Temer é suspeito, em investigações da Lava Jato, de estar envolvido em um esquema de compra ilegal de etanol", afirmou, em referência à delação do senador Delcídio do Amaral.
O peemedebista nega a prática de crimes.
Principal oponente da presidente na última eleição e líder da oposição, Aécio Neves (PSDB) é "investigado pela Lava Jato", afirma o LA Times. A publicação cita documentos obtidos durante as apurações que indicariam que a família de Aécio manteria conta bancária secreta em Liechtenstein, também mencionada por Delcídio.
Aécio nega irregularidades. Até o momento, ele e Temer não são oficialmente investigados pela Lava Jato.

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